A ponte que nos serve de exemplo

A viuvez precoce de Antónia Adelaide Ferreira não lhe toldou o espírito empreendedor e visionário. Às contrariedades da vida, a empresária de Peso da Régua respondeu com coragem, esforço e resultados. Era forte com os ricos e generosa com os pobres.

Na atividade vinícola, foi para Inglaterra aprender a combater a praga da filoxera na vinha. Apostou na inovação, arriscou em novos métodos produtivos, singrou na vida e morreu aos 84 anos com mais de 30 quintas. Agora, 127 anos depois da sua morte, os leitores do Jornal de Notícias fizeram-lhe justiça. Conheça-a melhor aqui.

Em dia de aniversário, deixamos-lhe várias matérias relacionadas com as pontes, as reais e as simbólicas: Rui Moreira espera mitigar o impacto paisagístico da nova travessia; Eduardo Vítor Rodrigues valorizou a independência do jornalismo; A Capicua fez um vídeo-poema; e nós, porque o São João está aí à porta, fomos ao baú buscar as quadras vencedoras de cada ano.

Na restante atualidade, prepare-se para um fim de semana quente e molhado. E não tire já o dístico do seguro do vidro do carro. É que a lei foi aprovada, mas ainda não está em vigor.

Prepare-se também para um conjunto de greves até julho. Às paralisações já anunciadas dos professores (com uma reação curiosa do ministro João Costa), junta-se agora a dos médicos e a da Comboios de Portugal.

No panorama jurídico, destaque para a condenação dos ex-fuzileiros acusados de matar Fábio Guerra com agressões "como se estivessem num ringue de boxe". Realce, ainda, para a detenção de um jovem por abuso sexual da enteada em Évora e para o chumbo, no Parlamento, dos projetos de lei que previam a criação do crime de assédio sexual.

Porque não há aniversário sem presentes, deixo-lhe uma viagem às memórias do JN que são, também, as memórias de Portugal e as suas memórias. Parabéns a si, caro leitor, e parabéns a nós.

Boa-noite e boas leituras.