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O dia fica marcado pela apresentação do Plano Ferroviário Nacional. Foi lançado para discussão pública, mas já é um avanço. Depois de nos últimos 40 anos se terem encerrado muitos quilómetros de via-férrea, parece haver vontade do Governo para ter os comboios a competirem com carros e com aviões.
O plano prevê que a linha de alta velocidade possa servir as 10 maiores cidades do país, competindo com o avião e o automóvel, bem como várias ligações a Espanha. Entretanto, o plano nacional de investimento nas infraestruturas ferroviárias, lançado em 2016 com um prazo de conclusão em 2021, corre o risco de ainda ter obras em curso para além de 2023.
Uma reportagem do consórcio português de jornalismo de investigação que expõe racismo e incitamento ao ódio e à violência nas polícias marcou o dia com ondas de choque em várias direções. Durante a tarde soube-se, de acordo com dados do Ministério da Administração Interna, que onze elementos da PSP, GNR e SEF já foram condenados em processos disciplinares por racismo ou ódio nos últimos quatro anos. Na Inspeção-Geral da Administração Interna estão ainda 18 casos pendentes.
Esta sexta-feira promete dar que falar por serviços públicos que podem estar encerrados ou a funcionar a meio gás. Tudo depende do nível de adesão à greve nacional da administração pública, cujos efeitos podem começar a sentir-se já durante a madrugada, nomeadamente na recolha do lixo e nos hospitais. A Frente Comum de Sindicatos, que convocou a paralisação, espera uma grande adesão.
Por falar em protesto, as cinco ativistas pelo clima detidas, terça-feira, aceitaram a suspensão provisória do processo. Como tal vão ter de prestar 40 horas de trabalho comunitário durante cerca de cinco meses. Alice Gato, Teresa Núncio, Leonor Chico, Raquel Alcobia e Francisca Duarte já estão a identificar espaços ou coletivos envolvidos na luta pela justiça climática onde poderão prestar esse serviço.
Desta quinta-feira, também a notícia de que o jovem de nacionalidade francesa que agrediu fatalmente um português na baixa do Porto, em outubro do ano passado, foi condenado no Tribunal de São João Novo a sete anos de prisão efetiva. Ainda terá de pagar 202 mil euros aos pais da vítima.
O mesmo tribunal condenou, também esta quinta-feira, o presidente do Lar de Santa Isabel, em Gaia, a quatro anos de prisão, pena que lhe foi suspensa por igual período, por coação sexual contra funcionárias. Vai ter de pagar cinco mil euros de indemnização às duas vítimas.
E numa altura em que algumas instituições anunciam apoios extraordinários para os seus trabalhadores, como forma de atenuar a crise gerada pelo aumento da inflação, noticiámos que a Caixa de Crédito Agrícola de Torres Vedras vai conceder um abono extraordinário aos seus 76 colaboradores, num total de 1400 euros para cada um, distribuídos por 14 meses.
À hora que escrevo, Portugal joga com a Nigéria num encontro de preparação para o Mundial de Futebol 2022, que começa no domingo, no Catar. Tudo o que precisa de saber sobre a competição está aqui.
Boa noite e boa leitura.