O incentivo à poupança é uma constante que acompanha a nossa vida, desde que dela temos consciência. Já os nossos pais nos aconselhavam a guardar um "bocadinho" das mesadas, no tempo em que os nossos avós rejubilavam com o "jurozinho" que os bancos lhes dava. Nos dias de hoje, porém, aforrar é cada vez menos recompensado.
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Depois da unanimidade das críticas à volta das trapalhadas no Ministério de João Galamba, as mexidas nos certificados de aforro, anunciadas na última sexta-feira, voltam a unir esquerda e direita. Esta segunda-feira, o líder da oposição, Luís Montenegro, acusou o Governo de ter favorecido "os interesses da banca" ao alterar as condições dos certificados de aforro, prejudicando assim "a maioria dos portugueses".
E, no mesmo sentido, o Bloco de Esquerda não fez por menos e pediu mesmo a audição parlamentar urgente do ministro Fernando Medina e do secretário de Estado das Finanças sobre a suspensão de emissão de certificados de aforro da série E e comercialização de uma nova com juros inferiores.
Vão turbulentas as águas da política nacional, quer seja pela Comissão de Inquérito da TAP, quer seja pela inflação ou pelos lucros da Banca. Nada ainda assim que trave o entusiasmo das mais altas figuras de Estado sobre a Jornada Mundial da Juventude, marcada para agosto. Esta segunda-feira, foi o presidente Marcelo Rebelo de Sousa a deixar uma mensagem, onde se refere a "uma grande festa, uma festa universal". Veja aqui.
A pouco mais de 20 dias do verão, que já se antecipa como o mais quente de sempre, é porém a chuva que vai espalhando prejuízos. O fim de semana causou estragos em Trás-os-Montes, e esta segunda-feira soaram todas as campaínhas na Madeira, onde há um aviso vermelho até meio da tarde desta terça-feira. E já se anuncia que, a seguir, o Òscar (nome dado à depressão que ameaça o arquipélago) tem voo marcado para o continente.
Mas esta segunda-feira fica também marcada pelo arranque do julgamento de um dos crimes que mais chocaram o país, ocorrido há cerca de um ano, quando Jéssica, uma menina de apenas três anos, foi torturada até à morte em Setúbal.
Justo Montes, companheiro de Cristina Montes e pai de Esmeralda, os três arguidos pelo homicídio da pequena Jéssica, negou, nesta primeira audiência, ter tido sequer contactado com a menina. "Não tenho nada a ver com o que aconteceu, não conhecia a menina, nem a mãe", disse Justo Montes ao coletivo de juízes no Tribunal de Setúbal.
O início da semana fica também marcado por casos insólitos, como aquele que ocorreu esta segunda-feira, no Laranjeiro, Almada, quando um homem de 30 anos invadiu a Escola Secundária Professor Ruy Luís Gomes, munido de uma faca, para jogar futebol com alunos daquele estabelecimento de ensino.
Sorte não teve também um recluso que fugiu da cadeia de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos, há mais de duas semanas e foi detido na madrugada desta segunda-feira. O jovem, de 24 anos, foi surpreendido a entrar para a casa onde estava escondido, na Póvoa de Varzim. Foi capturado por cinco guardas prisionais, que passaram os dias de folga a tentar localizar o condenado por tráfico de droga, roubos e violência doméstica.
Lá por fora, a novidade (relativa) foi o anúncio da candidatura à Casa Branca do antigo vice-presidente Mike Pence. O republicano desafia assim o seu antigo chefe Donald Trump.
E, finalmente, a guerra na Europa. Ainda e sempre a guerra. Depois da agressão da Rússia em fevereiro de 2022, terá chegado a hora da Ucrânia mostrar as suas garras e dar início à contraofensiva? Será que esta já começou? E pode pode estar em risco o apoio do ocidente à Ucrânia, caso se confirme o envolvimento ucraniano nos ataques em território russo?. A jornalista Ana Isabel Moura analisa a delicada situação. Veja aqui