Era o nome que se falava e que foi hoje confirmado: Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário São João, no Porto, vai ser o primeiro diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Aceitou o convite com "honra" e "sentido de dever". E a sede do novo órgão vai ser na Invicta.
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Na conferência de Imprensa, após a reunião em que Fernando Araújo aceitou o convite feito pelo Governo, o ministro da Saúde garantiu a autonomia do novo órgão de gestão que tem por missão melhorar a resposta do SNS e o acesso aos cuidados de saúde. Interpelado sobre se Fernando Araújo terá o financiamento suficiente para cumprir a tarefa, Manuel Pizarro defendeu que o problema do SNS não é de falta de verbas mas de uma gestão eficaz.
"Diria que uma parte do trabalho que vamos pedir à direção executiva é mesmo de garantir uma maior eficácia na utilização dos recursos", respondeu o ministro aos jornalistas.
O diretor executivo do SNS vai ter um mandato de três anos que pode ser renovado, no máximo, por três vezes. Ou seja, de acordo com o decreto que regula a orgânica do novo órgão, publicado esta sexta-feira em Diário da República, Fernando Araújo pode manter-se no cargo 12 anos, não coincidindo os prazos das renovações com a mudança de governo.
Nas próximas semanas Fernando Araújo vai escolher os restantes elementos que o vão acompanhar na direção do SNS e que entrará, "em plenitude de funções a partir de 1 de janeiro ao mesmo tempo que entra em vigor o Orçamento do Estado de 2023", explicou Manuel Pizarro.
Fernando Araújo fez uma declaração sem direito a perguntas. Afirmou que aceitou com "honra" o convite e sentimento de "dever de defesa intransigente do SNS", dos seus profissionais e utentes. Pelo que a partir de 1 de janeiro irá "começar a trabalhar ativamente na melhoria do desempenho do SNS", prometeu.
Dados de Marcelo divulgados na Internet
Outra notícia do dia é que alguns dados pessoais do presidente da República foram expostos na Internet na sequência do ciberataque aos servidores da TAP.
Foi a própria presidência da República a divulgar que o nome completo de Marcelo Rebelo de Sousa, data de nascimento, morada e endereço digital foram publicados pelo grupo de hackers Ragnar Locker.
No comunicado emitido, a Presidência frisa que tomou conhecimento da "fuga de informação de dados privados" por "um cidadão que a eles tivera acesso" e não pela companhia aérea nacional. De acordo com uma notícia publicada hoje pelo Expresso, os piratas também divulgaram dados do primeiro-ministro António Costa, do diretor do Serviço de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz, do comandante-geral da GNR, Rui Clero, do líder do Chega, André Ventura, além de deputados e ex-deputados, como Edite Estrela, Jamila Madeira, Joana Mortágua, José Cesário, José Silvano, Paulo Portas, Alexandre Quintanilha ou Susana Amador.
Localização do novo aeroporto decidida até final de 2023
O dia terminou com a reunião de António Costa e Luís Montenegro. No final do encontro, o líder do PSD frisou estarem criadas "as condições para que o Governo possa avançar" com o novo aeroporto de Lisboa. Há convergência na metodologia a seguir, garantiu o primeiro-ministro, prometendo uma decisão "final e definitiva" até final de 2023. Até lá, explicou, serão criadas uma comissão técnica e uma comissão de acompanhamento. Sendo que Alcochete e Montijo podem não ser as únicas localizações avaliadas, assumiu. Ou seja, a opção Santarém também vai ser avaliada.