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Entrando num fim de semana em que uma depressão promete assolar grande parte do país, o melhor é preparar-se para uma maratona cinéfila. Temos várias propostas de diferentes géneros: um filme de drama; uma comédia; ação; ficção científica; uma história de terror e claro, documentário.
"Comparar um filme a uma fotografia" foi a acusação da líder parlamentar socialista, Alexandra Leitão ao primeiro-ministro que afirma que este ano letivo "há atualmente menos 89% de alunos sem aulas do que há um ano".
Ora, o filme será seguramente diferente para os 2338 alunos que ainda não têm aulas e na fotografia familiar de Natal estes governos, independentemente das "falsas querelas" e da "manipulação dos números", saem todos mal. Noutro tipo de filme estarão os alunos que nunca se viram afetados pelo problema. Ambos os lados da questão parecem ter os ingredientes necessários para criar um interessante drama, já que no fim da sua escolaridade, balizada por exames nacionais, serão altamente deficitários comparativamente aos outros. Que justiça é que lhes será aplicada?
No género de ação chega ao fim mais um episódio da Fuga de Vale de Judeus, com a detenção de Fernando Ferreira que estava abrigado num casebre, em Montalegre. Desta feita o protagonista conseguiu estar a monte 76 dias, desde o dia 7 de setembro, quase o dobro de outros dois grandes protagonistas do género: Palito (Manuel) e Piloto (Pedro Dias) fugidos às autoridades, durante 34 e 30 dias respetivamente. Mas, o género ainda terá sequelas, dado três dos foragidos de Vale dos Judeus, ainda estarem em paradeiro desconhecido.
Um verdadeiro filme de terror continua a ser o das equipas e familiares que continuam à procura dos desaparecidos no incêndio numa pensão na Rua de Cimo de Vila, no Porto. Ao fim da tarde desta sexta feira foi encontrado o corpo da mulher desaparecida sobre os escombros. Ao fim desta tarde de sexta-feira, o terror chegou com um acidente com cinco mortos confirmados, em Beja.
Uma história saída de um guião de ficção científica é a do robot que fez o primeiro transplante duplo de pulmão nos Estados Unidos da América. A paciente foi uma médica norte-americana de 57 anos que sofria de doença pulmonar obstrutiva crónica. Um mês depois, a intervenção parece ser um êxito.
No lado contrário das emoções está uma pérola da comédia. A cantora Katy Perry está há quinze anos numa batalha legal para conseguir utilizar o seu nome na Austrália. A lesada com a sentença é uma designer de moda: Katie Perry, agora impossibilitada de usar o seu nome, que nem sequer é exatamente o mesmo e se diz "devastada".
Já se o seu género favorito é o documentário, não pode perder o Porto Post Doc que arranca esta sexta-feira, no Batalha Centro de Cinema. Até 30 de novembro,o certame propõe uma reflexão profunda sobre o estado atual da Europa, questionando os valores democráticos e as consequências das crises contemporâneas. Sob o tema "Movimento dos povos", a programação divide-se em três partes, destacando-se por temas provocadores.
Caros argumentistas mundiais, estamos bastante castigados com géneros dramáticos e a precisar de um final feliz, uma reviravolta impensável à moda de Hollywood.