O tempo urge para salvar as vítimas de um forte sismo sentido em Myanmar e na Tailândia. A pressa contribuiu para mais mortes nas estradas em Portugal. A maternidade aos 66 anos relativiza os conceitos de prematuro e de tardio. E a hora de verão está a chegar, alterando os nossos ritmos. Na política, o tempo é de luta.
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Um sismo de 7,7 graus na escala de Richter atingiu esta sexta-feira o noroeste de Myanmar (Birmânia). Forte abalo também foi sentido na Tailândia, onde um edifício em construção colapsou e soterrou 81 pessoas. Myanmar já pediu ajuda internacional. Há mais de 140 mortos e centenas de feridos. O JN está a atualizar aqui constantemente o balanço da tragédia. O balanço mais recente, e ainda provisório, é de 144 mortos e 732 feridos, segundo a Junta Militar de Myanmar. Estão ainda confirmados três mortos na Tailândia. E há imagens que valem por mil palavras.
Mantendo-nos no estrangeiro, não deixa de ser curioso constatar até quando pode ser estendida a maternidade. Uma mulher de 66 anos deu à luz o seu décimo filho sem recorrer a técnicas de fertilização, na Alemanha. A criança nasceu de cesariana, no dia 19 de março. Philipp, o menino que nasceu a 19 de março junta-se aos outros filhos de Alexandra: Svitlana, 46 anos; Artiom, 36; os gémeos Elisabeth e Maximilian, 12 anos; Alexandra, 10; Leopold, 8; Anna, 7; Maria, 4 e Katharina, de 2 anos. A notícia foi publicada na quinta-feira pelo JN, mas a sua leitura continua a valer bem o seu tempo, sobretudo pelo seu caráter insólito.
Falando ainda do tempo, não se esqueça de que o horário de verão está cada vez mais próximo. Na madrugada de domingo, os relógios avançam uma hora. É assim em todos os estados da União Europeia. O JN explica aqui os motivos, a polémica em torno da medida e os potenciais malefícios para a saúde.
João Sousa Marques, secretário-geral da Associação para a Promoção da Gestão e da Segurança Rodoviárias, refere, ao JN, outro problema relacionado com o tempo: a pressa, neste caso na estrada. "Praticam-se velocidades mais elevadas", refere o responsável, num extenso artigo do JN que foi publicado na edição impressa desta sexta-feira sob o título "Acidentes em contramão estão a causar mais feridos graves e a maioria são jovens".
Em Portugal, o tempo é já de pré-campanha eleitoral para as legislativas, que estão marcadas para o dia 18 de maio. O título do artigo demonstra que, também na política, o tempo está acelerado: "Para Montenegro, a ética é uma batata". Tavares critica escolha de Hernâni Dias para cabeça de lista". Hernâni Dias demitiu-se de secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território em dia 28 de janeiro, depois de ter sido noticiado pela RTP que criou duas empresas imobiliárias já enquanto governante, responsável pelo decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a polémica lei dos solos. Na realidade, o caso Hernâni Dias foi o princípio do fim do atual Governo. O caso Spinumviva, empresa familiar de Luís Montenegro que também tem capacidade legal para efetuar transações imobiliárias, entre outras, viria a suscitar o pedido de uma comissão parlamentar de inquérito e, subsequentemente, uma moção de confiança por parte do Executivo. Tendo sido chumbada pela maioria dos deputados no Parlamento, o resultado era previsível: Marcelo Rebelo de Sousa marcou legislativas antecipadas.
Boas leituras, com o JN, durante o fim de semana.