Taylor Swift em Lisboa e Alejandro Sanz no Porto. Bastam dois artistas de topo para que legiões de fãs se movimentem. Dentro de um mês, pelo S. João, quem for à Invicta poderá também ouvir Quim Barreiros, uma estrela de outra galáxia musical, mas que nem por isso deixa de ter o seu contingente de seguidores.
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Taylor Swift já tinha posto meio país a mexer, sem contar com os turistas estrangeiros, antes mesmo da sua primeira atuação no Estádio da Luz. A antecipação em torno dos dois concertos é muita, ou não fosse Swift uma das maiores estrelas do panorama musical em todo o Mundo, recordista em vários campos. Esta sexta-feira, de manhã, o JN esteve novamente no recinto e era visível o acumular de público, com muitos fãs em plena ultimação de visuais, roupas e pulseiras.
Mais a Norte, no Parque de Serralves, o North Festival promete também fazer as delícias dos apreciadores de boa música. Alejandro Sanz, Keane e Nelly Furtado estão em destaque no festival que abre esta sexta-feira no Porto para três dias consecutivos de música ao vivo. Se os "corações partidos" de Alejandro Sanz prometem aquecer os motores, o final não será menos cativante. O encerramento fica a cargo de Nelly Furtado, a luso-canadiana que desde o lançamento do álbum de estreia, “Whoa, Nelly!” (2000), que incluía o sucesso planetário “I’m like a bird”, tem demonstrado uma habilidade única para criar músicas que combinam pop, folk, rock e eletrónica.
Dentro de um mês, a 24 de junho, chega o S. João, no Porto e arredores. Quim Barreiros, Augusto Canário, Diapasão, Bandalusa, Zé Amaro, Jorge Guerreiro e Ana Moura são alguns dos artistas que vão dar música, neste ano, às Festas de S. João do Porto. A programação foi apresentada esta sexta-feira. O orçamento global é de 680 mil euros. À exceção da Rotunda da Boavista, que este ano não terá a habitual zona de divertimentos por causa dos constrangimentos causados pelas atuais obras da metro, haverá animação por todo o lado, com três palcos montados, divididos por estilos, no Largo do Amor de Perdição, na Cordoaria, nos Jardins do Palácio de Cristal, e junto à Casa da Música.
Como Ernest Hemingway tão bem demonstrou no seu romance "Fiesta", os tempos de lazer servem para esquecer as agruras da vida. Que o digam os imigrantes que tentam legalizar-se em Portugal. O JN fez a sua manchete desta sexta-feira com esse tema, que aliás conseguiu manter-se no topo das preferências no digital ao longo do dia. Num país cuja Segurança Social precisa de cada vez mais trabalhadores a contribuir, o acolhimento dos estrangeiros deveria ser prioritário e eficaz. No entanto, as queixas, tal como as filas junto da Agência para a Integração, Migração e Asilo (AIMA), organismo que sucedeu ao SEF, acumulam-se.
No plano das desgraças, ficámos esta esta sexta-feira a saber que o Tribunal Internacional de Justiça ordenou a Israel que cesse as operações militares em Rafah, uma decisão histórica que deverá aumentar a crescente pressão internacional sobre Israel, mais de sete meses após o início da escalada da guerra em Gaza. O tribunal com sede em Haia citou as obrigações que incumbem a Israel "por força da Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, e tendo em conta o agravamento das condições de vida dos civis" em Rafah. Declarou também que Israel deve manter a passagem de Rafah aberta para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza "sem restrições".
Para terminar, uma nota mais alegre. O projeto do PS para aumentar a abrangência da taxa reduzida de 6% no IVA da eletricidade para 3,4 milhões de famílias, foi esta sexta-feira aprovado com os votos contra do PSD e CDS-PP e abstenção do Chega. Boa notícia para o consumidor final, eventual má novidade para quem preza a estabilidade política.
Bom fim de semana e boas leituras.