Das letras gordas, ruidosas, na capa do JN, que ecoaram pela comunicação social, à Eurovisão, passando pelo programa do Governo para a Habitação, pelo Rali de Portugal e acabando na Beira Baixa.
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A notícia fez manchete no JN de hoje e marcou a atualidade de todos os órgãos de comunicação social nacionais ao longo desta sexta-feira. “Hospitais com falhas de medicamento usado para tratar cancro”, titulou o jornalista Rui Dias, sublinhando que os especialistas apontam o dedo às grandes farmacêuticas pela rutura de stock e acrescentando haver desinteresse da indústria pela produção de substâncias mais antigas e mais baratas. Impresso em duas linhas a toda a largura da primeira página, o barulho desse grito foi tal que, após o almoço, o Infarmed reagiu: para mitigar o impacto da falta da solução injetável de Fluorouracilo 50 mg/ml, que tem um consumo mensal de aproximadamente cinco mil embalagens, solicitou autorização para que os distribuidores especializados importem o remédio com rotulagem em língua estrangeira.
Ainda por cá, o dia ficou marcado pela apresentação, por parte do primeiro-ministro, do programa do Governo para a habitação. São 30 medidas que visam responder à crise habitacional. Na Câmara Municipal do Porto, onde foi recebido pelo autarca Rui Moreira, Luís Montenegro deu o mote para o programa “Construir Portugal: Nova Estratégia para a Habitação”. Dois meses depois das legislativas de 10 de março, a resposta da AD aos sucessivos gritos de contestação às políticas para o setor.
No Desporto, com o título da Liga de futebol decidido – o leão vai continuar a rugir e a fazer a festa, recheada de gritos de vitória, amanhã, às 18 horas, no Estoril –, estes dias são de Rali de Portugal. E o JN acompanha ao minuto os gritos dos motores em todas as classificativas e as inúmeras incidências, como o aparatoso acidente do finlandês Teemu Suninen em Arganil. Veja o vídeo.
Espreitando o fim de semana, destaque para a final da Eurovisão, evento em que o “Grito” de iolanda (assim mesmo, com minúscula) não é – não pode ser – o único foco de atenção. Primeiro, a cantora de Israel foi vaiada durante o ensaio para a segunda meia-final, protestos pró-palestinianos que subiram de tom com o apuramento israelita para a final. Pelo meio, a organização suspendeu o concorrente dos Países Baixos devido a um incidente nos bastidores. A propósito, leia a opinião de Manuel Molinos – “As cuecas, a gótica, o lenço e a hipocrisia na Eurovisão” – e recorde o perfil da candidata portuguesa, escrito pelo jornalista Pedro Emanuel Santos na “Notícias Magazine”. O nosso coração bate ao ritmo desta figueirense de São Pedro Cova Gala que adora dourada grelhada e que se veste em lojas de roupa em segunda mão. Mas iolanda tem um segundo coração que lhe é muito especial. Descubra-o aqui.
Por fim, ainda no universo JN, uma sugestão da “Evasões”. Pegue no carro e viaje até Oleiros, no distrito de Castelo Branco, para conhecer o novo miradouro projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, que se eleva sobre a Serra do Muradal e o vai deixar sem respiração. Inaugurado há menos de um mês, trata-se de uma plataforma de betão armado projetada sobre um vale rochoso a cerca de 300 metros do solo. Um grito no silêncio da Beira Baixa. Imperdível.
Boas leituras. Bom fim de semana.