Do Médio Oriente ao conflito dos médicos com o Governo. O Mundo gira em torno de problemas muito diversos e com graus de gravidade bem distintos. Qual é a importância de uma praga de percevejos quando há civis massacrados pelos militantes radicais do Hamas? A inflação baixou? Menos mal.
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As atrocidades dos palestinianos do Hamas contra cidadãos israelitas continuam a gerar ondas de choque. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mostrou hoje ao secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, fotos de bebés alegadamente mortos e queimados pelo grupo islamita Hamas. Palavras para quê? Vale a pena ver e ouvir o comentário do JN à guerra que estará apenas nos seus primórdios. O jornalista Gabriel Hansen expluca os desafios que Benjamin Netanyahu tem pela frente. Convém não esquecer que o Hamas não representa todos os palestinianos e a Faixa de Gaza é atualmente um território isolado do Mundo. Falta água, luz e eletricidade. As consequências para os civis não são difíceis de adivinhar, por muito benevolentes que sejam os líderes políticos relativamente ao direito israelita à retaliação.
Da guerra com sangue e muitas tragédias humanas à mistura, passemos ao conflito que coloca frente a frente o Ministério da Saúde e os médicos, sim, aqueles que têm o poder de paralisar serviços fundamentais nos vários hospitais do país. O Ministério prevê, na proposta apresentada aos sindicatos, um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais. Será desta que a crise das horas extra fica resolvida? No caso dos serviços de ginecologia/obstetrícia, o JN dá alguma ajuda aos utentes ao disponibilizar um mapa interativo, com calendário incluído, para que ninguém se desloque em vão a uma maternidade.
A praga dos percevejos é, no mínimo, um problema de saúde pública e já tem sido amplamente noticiada por toda a Europa. Em Portugal, há sinais de alastramento, tanto a norte como a sul do país. Tal como sucedeu com a pandemia da covid-19, o bicho vem da Ásia. O JN elaborou um explicador para que ninguém se assuste, independentemente do incómodo que os percevejos possam causar a todos nós, nas nossas casas e no local de trabalho.
Depois de um arranque de semana com o anúncio de medidas supostamente benéficas para as famílias, com a apresentação do Orçamento do Estado para 2024, veio o INE confirmar esta quinta-feira que a inflação desacelerou. Este tirar do pé do acelerador nos preços nunca significa um passo atrás. O ritmo de crescimento de crescimento é que está a diminuir. E não sabemos ainda se a guerra entre Hamas e Israel terá efeitos nefastos, no curto ou médio prazo, para as famílias aqui na Europa.
Ao nível de impactos locais, há duas notícias que merecem destaque, uma pela negativa e outra pela positiva.
O incêndio que deflagrou na quarta-feira no concelho da Calheta, na Madeira, alastrou esta tarde ao município do Porto Moniz, tendo obrigado à evacuação de um lar de idosos e de um centro de saúde. José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, anunciou que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) vai enviar meios para a Madeira.
No centro do Porto, a junção das duas frentes do túnel do rio da Vila, cuja obra já dura há 14 meses, deu-se na manhã desta quinta-feira, a 28 metros de profundidade, por baixo do Hotel InterContinental - Palácio das Cardosas. Esta obra foi necessária devido à expansão do metro do Porto. Segundo Tiago Braga, presidente da Metro, vão ser executados agora os "trabalhos de revestimento do túnel", estimando que "até maio do próximo ano" a estrutura tem de estar pronta.