O pingue-pongue das responsabilidades, a broa proibida e um beijo cada vez mais azedo. As histórias de um final de semana agridoce.
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A história repete-se e o “passa-culpas" também. Desta vez, tudo começou com um munícipe que se queixou ao Governo da ocupação por traficantes e toxicodependentes das ruínas da antiga Escola Preparatória do Cerco, no Porto. O Ministério da Administração Interna recebeu a queixa e apressou-se a atirar a bola para outro lado, reenviando a reclamação para a Câmara do Porto. O problema é que o imóvel pertence ao Estado, mais concretamente ao Ministério da Educação.
A autarquia portuense não se ficou. Selou o local esta manhã e decidiu notificar o proprietário para fazer a limpeza e emparedamento. Se nada acontecer - o mais provável aqui entre nós-, a Câmara põe as máquinas no terreno e manda a fatura ao Governo.
Não é preciso recuar muitos meses para recordar uma história parecida entre Rui Moreira e o Ministério da Defesa, a propósito do Quartel Militar da Rua do Ouro, que também esteve ocupado durante largos meses por toxicodependentes. Também não é preciso ser bruxo para adivinhar que quando emparedarem ou destruírem o que sobra da escola do Cerco, a droga rumará a qualquer outro canto da cidade. Porque esta história repete-se e não tem fim!
Nesta sexta-feira, de férias para muitos portugueses, sobram histórias azedas.
Aos apreciadores de broa de milho, cuidado! Nos distritos de Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro mantém-se a recomendação de restrição ao consumo. Já foram retiradas do mercado as matérias-primas envolvidas nos casos de toxinfeção, mas até que haja garantia de que todos os alimentos ou produtos potencialmente contaminados estão fora de comercialização, a Direção- Geral da Saúde aconselha prudência.
No país vizinho, aquece a polémica sobre o beijo que o presidente da Federação Espanhola de Futebol deu a uma jogadora da seleção feminina na final do campeonato do Mundo. Rubiales recusou demitir-se do cargo e agora é o Conselho Superior do Desporto que vai apresentar queixa ao Tribunal Administrativo do Desporto. O Ministério Público espanhol também está a investigar o caso. Entretanto, a jogadora emitiu um comunicado em que desmente Rubiales, garantindo que o beijo "não foi consentido". O documento é subscrito por mais de meia centenas de atletas que se recusam a representar o país na seleção enquanto estes dirigentes se mantiverem no cargo. Siga os desenvolvimentos aqui.
Enquanto isso, mantém-se a incógnita sobre o que aconteceu nos céus da Rússia há dois dias. Os destroços e as caixas negras do avião onde alegadamente seguia o chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, foram recuperados, segundo o Comité de Investigação da Rússia.
Para adoçar a despedida, fica a recomendação a quem está pelo Porto: este domingo o cortejo dos trajes de papel volta às principais ruas da Foz, onde são esperadas mais de 15 mil pessoas. Aproveite para conhecer a história de Manuel Picarote, que se estreou no cortejo há 60 anos, e se prepara para voltar a desfilar.
