Não há relação política que sempre dure. Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa assumem o fim da relação institucional. Luís Montenegro é o senhor que se segue ao leme do Governo e pode, desde já, contar com um excedente recorde nas contas públicas.
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Tal como pode suceder em qualquer relação de alguma proximidade, a ligação institucional entre Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa chegou ao fim."Nem sempre coincidimos", disse o primeiro-ministro ainda em funções. Foi a forma diplomática de dizer que houve graves discordâncias apesar da lua de mel dos primeiros anos.
Marcelo presidiu, simbolicamente, ao último Conselho Ministros de Costa. O Executivo socialista aproveitou o ensejo para divulgar uma "pasta de transição" para o próximo Governo com os "projetos mais relevantes que estão em desenvolvimento" em várias áreas, como habitação, aeroporto ou serviços públicos. Ficou patente um duplo efeito de marcação de território (não venham depois reivindicar os louros) e de condicionamento da equipa governativa que se segue. Os próximos passos serão relativamente céleres e, nesse sentido, vale a pena ler o explicador preparado pelo JN sobre o que ainda vai acontecer até à tomada de posse.
Ao fim de oito anos no poder, os socialistas entregam ao PSD cofres cheios de dinheiro. Portugal registou um excedente orçamental histórico de 1,2% no ano passado, superando mesmo o valor alcançado em 2019 (0,1%), que já tinha sido histórico na democracia portuguesa. Momentos antes de saber o valor exato, Carlos César, presidente do PS, exteriorizava um desejo: "Tenho dificuldade em responder a isso como presidente do PS. Se eu não fosse, diria apenas que espero que o excedente não seja um excesso". Depois de meses de reivindicações de aumento dos rendimentos em várias classes profissionais dentro do setor público, a surpresa com um excedente recorde acaba por transferir as decisões, bem como as pressões, para as mãos de Luís Montenegro.
Fora de portas, há problemas bem mais graves. As ondas de choque do atentado terrorista na Rússia ainda estão ainda muito presentes. O presidente de França, Emmanuel Macron, admitiu ter informações de que os suspeitos do massacre em Moscovo, na Rússia, fazem parte de um braço armado do Estado Islâmico (EI) que, nos últimos meses, tentou atacar o país por diversas vezes. Estas declarações explicam o facto de o Governo francês ter elevado o nível de segurança para o mais alto, colocando mais soldados em prontidão em diversas cidades.
Apesar de não constituir qualquer ameaça à segurança nacional, o estado canceroso assumido por Kate Middleton ainda atrai muitas atenções, dentro e fora do Reino Unido. A doença da princesa de Gales não colocou um ponto final nas desavenças entre os príncipes William e Harry, irmãos e filhos de Carlos III e da falecida princesa Diana. Harry, duque de Sussex, que vive na Florida, Estados Unidos da América, com a mulher Meghan Markle, só ficou a saber do diagnóstico da cunhada ao mesmo tempo que todo o Mundo.
Não é do domínio da guerra e também não é assunto típico do futebol. Sérgio Conceição está a ser acusado de agressões num torneio infantil em Huelva, Espanha. O treinador do F. C. Porto estava acompanhado do filho Moisés, que no final do jogo do F. C. Porto contra o Sevilha quis entrar no relvado para ir ter com o irmão José. Nessa altura, o autarca local terá dado uma palmada no peito a Moisés Conceição, tendo-se gerado alguma confusão. "Ele [alcaide] é que foi agressivo com o Moisés que ia ter com o irmão ao relvado e levou uma palmada. Não houve qualquer agressão da parte do Sérgio Conceição", garantiu, ao JN, fonte próxima do treinador. "Vai ser apresentada queixa-crime contra o alcaide", acrescenta a mesma fonte.