A mês e meio do Natal - os tais dias das mensagens de paz, amor e concliliação - são de guerra sem fim as notícias que nos chegam. Depois da Ucrânia, conflito que tem sido esquecido, mas que perdura o Mundo assiste há um mês a outra barbárie, curiosamente bem perto da terra onde Jesus Cristo nasceu.
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Olhando a Ucrânia e Gaza, há uma frase do Papa João Paulo II (1920-2005 ) que vem à memória: "A guerra é sempre a derrota da Humanidade". Estava certo o Santo Padre que liderou a igreja católica na viragem do milénio, mesmo sem imaginar de que modo este flagelo bateria à porta de um país vizinho da sua Polónia.
Soube-se esta segunda-feira que mais de 10 mil pessoas já morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra. Esta segunda-feira de madrugada, um ataque israelita terá feito pelo menos 27 mortos. Acompanhe os desenvolvimentos do conflito no JN.
Não só João Paulo II deverá ser lembrado nestes dias. O ex-presidente norte americano, John Fitzgerald Kennedy (1917-1963), disse um dia: “O homem tem que estabelecer um final para a guerra, senão, a guerra estabelecerá um final para a humanidade”.
Os relatos que chegam do Médio Oriente são, porém, em sentido contrário. O conflito que começou faz esta terça-feira um mês não terá resolução fácil e próxima, apesar das imagens de horror que chegam e do vai-e-vem de personalidades políticas e altos responsáveis que tentam criar pontes para evitar um futuro ainda mais trágico.
Ao longo do último mês de guerra entre Israel e o Hamas, várias figuras ganharam relevo no contexto internacional, destacando-se pelo seu papel no conflito ou pelos discursos proferidos.
Mas se a guerra é o expoente máximo da intolerência, há outras manifestações de violência intolerável. Esta segunda-feira, por exemplo, foi revelado que os primeiros nove meses de 2023 registaram 18 mortes em contexto de violência doméstica, das quais 14 mulheres, três homens e uma criança, segundo os dados da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG).
Vai por caminhos tortuosos a humanidade nos dias de hoje. E nem será preciso cruzar muitas fronteiras. Por cá, em Setúbal, este domingo à noite um homem encapuzado disparou quatro tiros de caçadeira contra uma casa e matou um dos seis imigrantes indianos ali alojados. O suspeito fugiu do local e é procurado pela Polícia Judiciária de Setúbal, que já apreendeu a arma do crime. A vítima tinha apenas 25 anos.
Mas há também notícias positivas esta segunda-feira. Em tempo de chuva forte e inundações, o dia teve uma boa revelação relativamente aos meses quentes do verão. O ano de 2023 foi o primeiro, desde que há registo, sem vítimas mortais em incêndios rurais, queimas e queimadas, revelou o presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).
No Porto, apesar de um troca de palavras acesas entre Rui Moreira e uma vereadora do Bloco de Esquerda, a Câmara Municipal do Porto aprovou, esta segunda-feira, a classificação do Centro Comercial Stop como imóvel de interesse municipal. Para o líder do executivo camarário, a proposta vem comprovar que “não vai haver o que se andava a dizer que já estava comprometido para ali”, ou seja, "o Stop não vai ser transformado num hotel".
E numa altura em que o foco do debate político gira em torno do Orçamento do Estado para 2024, esta segunda-feira soube-se também que as receitas fiscais de 2024 destinadas ao Programa Orçamental da Saúde (POS) estão calculadas em 13,5 mil milhões de euros, dos quais 13,2 mil milhões de euros são destinados ao financiamento do SNS.
Terminemos com mais um episódio da irreverência juvenil, que desta vez chegou do Reino Unido. Dois ativistas climáticos do movimento Just Stop Oil foram detidos, esta segunda-feira, por atacarem o vidro que protegia um quadro exposto na Galeria Nacional de Arte de Londres. A obra "Rokeby Venus", do espanhol Diego Velázquez, é de 1600. Veja aqui o vídeo: https://www.jn.pt/5858091686/ativistas-climaticos-detidos-por-atacarem-obra-de-velazquez/
Boas leituras.