A rubrica "Partida, Largada, Fugida"
Corpo do artigo
1
Assinala-se hoje a primeira semana pós-eleições. Normalmente, diz-se que os que perdem são os aziados. Mas aqui foi quem teve azia que a usou para sair vencedor.
2
Com o Chega a afirmar-se como segundo partido, Portugal mostra como a sua democracia, já não sendo assim tão jovem, está na fase da adolescência. Nomeadamente naquela fase parva em que todos os dias faz disparates que a colocam em risco.
3
Cabe a Marcelo Rebelo de Sousa usar os seus derradeiros meses em Belém para tentar assegurar um futuro estável. Ainda bem que o presidente já dorme pouco, porque isto daria insónias a qualquer um.
4
Por outro lado, Marques Mendes deve olhar para este caos e até sentir-se aliviado por só ir ter seis votos nas presidenciais.
5
Uma das surpresas foi a eleição do Juntos Pelo Povo. Espero que o deputado Filipe Sousa traga muita poncha na mala, que vai precisar para aguentar o ambiente naquela Assembleia. Bom, se nenhum deputado do Chega lhe gamar a bagagem, claro.
6
No PS, tentam apanhar-se os estilhaços. José Luís Carneiro já anunciou que será candidato. Se tiver tanto jeito para reinventar o PS como teve para transformar o SEF na AIMA, os socialistas estão bem lixados.
7
A Comissão Europeia quer cobrar uma taxa aduaneira fixa sobre as importações de produtos de baixo valor de outros países. Há quem tenha pensado logo nos bibelôs da Temu, mas eu lembrei-me de quando importámos um Bolsonaro da candonga para liderar a Oposição.
8
O troféu da Champions feminina foi entregue ontem, mas por um triz: tinha sido roubado por membros de uma empresa fornecedora do Estádio de Alvalade. Qual era o plano? Vender discretamente no OLX? Derreter e fazer um cinzeiro? Usar para pousar as chaves de casa?