Descoberta pode levar a novos tratamentos direcionados às infeções e à resposta imunitária do cérebro.
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Estudos recentes sugerem uma possível ligação entre o vírus do herpes – especialmente o herpes simplex tipo 1 – e o desenvolvimento do Alzheimer.
Segundo o microbiologista Ignacio López-Goñi, da Universidade de Navarra, em Espanha, o vírus pode permanecer latente no sistema nervoso durante anos e ser reativado por fatores como stresse ou imunossupressão, provocando inflamação crónica no cérebro, um dos mecanismos associados à neurodegeneração.
Embora ainda não haja prova de causalidade, já foi identificado ADN do herpes em áreas cerebrais afetadas pela doença, especialmente em pessoas com predisposição genética, como as portadoras do gene APOE.
Para o especialista, estas infeções virais crónicas podem atuar como cofatores na progressão do Alzheimer e terapias antivirais ou vacinas surgem como possíveis estratégias futuras de prevenção e tratamento.