A rubrica "Partida, Largada, Fugida"
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A AD vai ter de mudar de nome nestas legislativas. O Tribunal Constitucional deu razão aos monárquicos, que desta vez ficam de fora da coligação com o PSD e o CDS. Montenegro é mesmo mau a dar nomes, já Spinumviva soa a uma ampola que se compra no Celeiro.
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A AD está a preparar uma campanha “sem bandeirinhas, sem grande festa, sóbria e minimal”. Acho bem que Montenegro queira permanecer discreto. Festarolas pode dar a vibe de casino.
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O líder do CDS, Nuno Melo, diz que a única explicação para os partidos não quererem debater com ele na televisão, em representação da AD, é o medo. Os partidos têm tanto medo dele como Espanha tem medo que nós invadamos Olivença.
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A Comissão Europeia apela a que os cidadãos tenham kits de emergência para 72 horas, para calamidades. Isto é gente que nunca viu um português a encher a bagageira antes de ir uma semana para o Algarve. O kit tem de ter pelo menos uma Bimby e um assador de chouriços.
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O kit serve para “incêndios, cheias, pandemias, ciberataques”. Em termos de cenários de risco, a Comissão Europeia é omissa acerca de Assembleias Gerais do F. C. Porto.
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Muita gente andou a usar o ChatGPT para fazer imagens estilo estúdios Ghibli. Miyazaki insurgiu-se contra ser substituído por IA, mas os utilizadores continuaram. Estamos ok com computadores a roubarem-nos trabalho, só é caso para alarme quando achamos que é um nepalês.
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Marine Le Pen está impedida de concorrer às eleições presidenciais francesas, depois de ser condenada por uso indevido de fundos europeus. Se for presa, aguarda-se o momento em que Musk vai entrar na prisão de Tesla para a ir salvar.
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Musk que, aliás, é o grande ídolo das crianças suecas que andam a ser recrutadas online por grupos de extrema-direita. É o novo Ruca, mas desta vez aquilo de ser skinhead é para levar a sério.