O agravamento das taxas aduaneiras está a ter repercussões drásticas. As bolsas afundam, as empresas cotadas desvalorizam milhões, a incerteza aumenta dia após dia. O efeito borboleta não pára.
Corpo do artigo
Guerra comercial, mercados em queda
As tarifas que Trump decidiu impor, a mais de 180 países, abriram uma guerra comercial. As bolsas afundam-se em perdas sem precedentes. O principal índice da Bolsa de Lisboa chegou a cair mais de 5,6%, contam-se mais de 7 mil milhões perdidos por cá, desde o início do mês. O panorama não é muito diferente em Paris, Londres, Madrid, Frankfurt. A reação dos mercados tem sido negativa, a turbulência continua, e o futuro é incerto.
“Não quero que nada se afunde. Mas, às vezes, é preciso tomar remédios para consertar alguma coisa”
Donald Trump
Presidente dos Estados Unidos da América
Jogar golfe enquanto o Mundo treme
A Bolsa de Nova Iorque também não escapou, as ações norte-americanas sofreram grandes oscilações logo após Trump avisar que poderia aumentar ainda mais as tarifas – apesar de Wall Street ter deixado bem claro que a abordagem não devia ter sido essa. Enquanto o Mundo tremia, e se manifestava em várias cidades do Planeta, Trump e os amigos jogavam golfe nas suas propriedades na Florida.
Europa pronta para responder
O aumento das tarifas, a queda das bolsas, os receios dos investidores, podem atirar o Mundo para mais uma recessão, com o desemprego a subir e poupanças de milhões de pessoas perdidas. A Comissão Europeia quer fortalecer o mercado único, focar-se no comércio global extra Estados Unidos. E, se necessário, retaliar. O colapso dos mercados mundiais pode ser lido como um aviso de que o pior ainda estará para vir.
13,2 %
foi o valor da queda da Bolsa de Valores de Hong Kong na última segunda-feira, a maior desde 2008