As cobras em causa, originárias do Sudeste Asiático, foram introduzidas na região de forma acidental e têm causado um verdadeiro colapso ecológico, dizimando populações de mamíferos nativos
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Na tentativa de travar a proliferação de pitões-da-birmânia nos Everglades (EUA), um grupo de investigadores da Universidade da Florida está a usar como teste coelhos de peluche com sensores e inteligência artificial para atrair e monitorizar as serpentes invasoras. As cobras pitões, originárias do Sudeste Asiático, foram introduzidas na região de forma acidental e têm causado um verdadeiro colapso ecológico, dizimando populações de mamíferos nativos como guaxinins, lontras e veados.
Incapazes de ser controladas pelos métodos tradicionais, como armadilhas e caçadores especializados, as autoridades procuram novas soluções. A estratégia envolve a colocação de "coelhos-robô" que simulam características de presas reais: calor corporal, movimento e, futuramente, cheiro.
Quando uma cobra pitão se aproxima, sensores nos coelhos ativam câmaras e enviam alertas em tempo real para os cientistas, permitindo localizar e capturar os répteis com maior eficácia. Os ensaios preliminares têm-se mostrado promissores: o uso de presas artificiais, combinado com vigilância remota, aumentou em quase 40 vezes a taxa de deteção das serpentes em comparação com métodos convencionais.