Escolhas de Rui Pires, cineasta
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Édouard Louis
Depois de o descobrir no teatro em “História da violência” e “Quem matou o meu pai?”, li um primeiro livro, “Lutas e metamorfoses de uma mulher”. Fiquei fascinado com este retrato biográfico da sua mãe, onde vislumbramos a universalidade da condição feminina com uma esperança redentora.
As Fado Bicha
Estive no lançamento do vinil rosa choque “Ocupação”. Queria poder ouvi-las contar através do fado as histórias da invisibilidade trans, não binária, queer, em Portugal. Para quem não acompanhou Lila Tiago e João Caçador em concertos intimistas, agora pode, no filme “As Fado Bicha”, da Justine Lemahieu.
Guião para um país possível
Há anos descobri que quando um teatro esgota encontram sempre mais um lugar. A última vez que o comprovei foi nesta peça da Sara Barros Leitão, criada a partir dos Diários da Assembleia da República. E é magistral. Transporta-nos para a Constituinte e a transformação política em Portugal. Devia estar sempre em digressão.