Dentro da garrafa, estavam uma mãe e dezenas de bebés, já formados com olhos e tentáculos.
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Durante um mergulho em Florida Keys (EUA), no final de março, a bióloga americana Hanna Koch encontrou uma garrafa de cerveja no fundo do mar. Ao tentar removê-la, percebeu que servia de abrigo a uma mãe polvo e à sua ninhada, dezenas de crias, já formados com olhos e tentáculos.
Dentro da garrafa estavam crias de polvo-pigmeu-do-atlântico (Octopus joubini), uma espécie que chega a ter, no máximo, 15 centímetros. Após observar os animais, Hanna devolveu a garrafa ao local onde a encontrou, para evitar stresse e risco à família. Apesar de curioso, o episódio levantou-lhe preocupações. Os ambientes marinhos dependem de estruturas naturais para oferecer abrigo e alimento.
O uso de lixo como habitat expõe a falta de opções adequadas. “Não é motivo de comemoração ver animais a usar objetos deitados fora. Eles merecem melhor”, concluiu a cientista.