
A Associação Humanidades, no Parque da Saúde, em Lisboa, acolhe mães adolescentes
Foto: Leonel de Castro
Mayara engravidou aos 14 anos, hoje tem 16 num corpo de menina. Isabel Sampaio ficou grávida aos 17, continua a estudar. Aos 16, Maria, chamemos-lhe assim, tinha uma filha nos braços, vivia numa instituição. Lilibete e Lígia foram mães adolescentes num outro tempo. O estigma. A vergonha. A culpa.
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Engravidou aos 14 anos, foi mãe aos 15, um parto que quer apagar da memória. Tem agora 16 e vive com a filha num edifício cor-de-rosa esbatido, residência para mães adolescentes da Associação Humanidades, no Parque da Saúde, em Lisboa. “Não sabia o que era um bebé, não sabia que existia aquela máquina para ver bebés, não tinha noção de nada”, conta-nos enquanto o país ficava às escuras, segunda-feira passada. Mayara, nome que escolhe para ocultar o seu, é uma menina franzina de chinelos, calções de ganga, t-shirt curta, casaco rosa.
A sua bebé está na creche na mesma casa, daqui a pouco vai almoçar, depois dormir. “Não nascemos com um livro de instruções, nascemos com uma mãe, e a mãe é esse livro, e é isso que vou ser para ela.” Desde os 10 anos que Mayara vive em instituições, retirada de uma família desestruturada. Sem ligação aos pais e ao pai da sua filha, mais novo do que ela. Sem rede familiar. “Saí do hospital diretamente para aqui.” Não tinha para onde ir.
Aos três meses, na instituição onde vivia, desconfiaram que estaria grávida. “Uma médica disse-me que ia ter um bebé, ‘o que é um bebé? não sei’, era tudo muito confuso.” Não estava preparada e a gravidez não foi tranquila. Cheirava a comida ao longe, enjoava, vomitava, andava com um caixote do lixo sempre atrás. Às 27 semanas, deu entrada na maternidade, era uma menina em risco. “Não sabia o que era o parto, pensava vai doer, vou desmaiar, ter um ataque de coração. Disseram para não ficar com medo, mentiram, fiquei traumatizada.” Cinco horas em trabalho de parto num corpo magro, bebé com quatro quilos. “No primeiro dia, não me levantava. No segundo, levantei-me e tomei banho. Mudei a fralda sozinha, ficou ao contrário, mas mudei.” Tudo mudou. “Não quero mais namorados, só depois dos 18.”
A norte, em Gondomar, quando era mais nova, Isabel Sampaio pensava fazer voluntariado em África e adotar uma criança. As ideias de menina ficaram em banho-maria. Engravidou aos 17 anos, foi mãe aos 18, a gravidez mexeu consigo. “Foi difícil, não aceitei bem, aconteceu, estive para abortar, surgiram outros acontecimentos que não me deram essa possibilidade.” Mexeu-lhe com a parte emocional, com a aparência, ganhou peso.
Estava grávida de quase três meses quando foi a uma clínica. “Senti que tinha alguém aqui dentro, fiquei sem menstruação, falei com a minha mãe.” Foram as duas, exames, ecografia, a confirmação dada a frio. “Foram um bocado brutos a dar a notícia, perguntaram-me ‘porque é que tens um bebé?’, entrei em pânico.” A mãe em choque.
“Passei por um momento de rejeição.” Precisou de tempo para aceitar as mudanças no seu corpo e na sua cabeça. Fora de casa, nas ruas de Gondomar, escondia a gravidez, enquanto na escola Perpétuo Socorro, no Porto, sentia-se mais à vontade. “As conversas sobre sexualidade existiam, sim, é impossível dizer que não tinha conhecimento, aconteceu.” “Depois de ser mãe, mesmo que não tivesse maturidade, tinha de a ganhar. É uma aprendizagem, aprendi a ser mulher, a dar mais valor à vida, os gastos são diferentes, as prioridades são outras.”
Esta história é dura, há lágrimas num rosto de menina-mulher, palavras presas na garganta, e frases “é a vida, um dia de cada vez, a vida continua.” Maria, chamemos-lhe assim, engravidou aos 15, foi mãe aos 16. Às 25 semanas de gravidez, entrou no Centro de Apoio à Vida (CAV) da Misericórdia de Vila Real, lugar para mães adolescentes e seus filhos, encaminhadas pelos tribunais ou pelas comissões de proteção de crianças e jovens em risco. Foi o caso. Chegou sem nada, sem ninguém, sem família. Tinha terminado o 9.° ano. “Ninguém sabia, não tinha muita barriga, escondia de toda a gente, usava roupa mais larga.” Até que a mãe a confrontou, há demasiado tempo que não usava produtos de higiene íntima. “Não sei mentir e contei.”
Nunca pensou abortar. “A criança que estava dentro de mim não tinha culpa dos atos que tinha feito.” “Na verdade, não tomava nada”, confessa. Tentou refazer a vida, reerguer-se, seguir em frente. Não foi fácil. “Com muita força de vontade tudo é possível”, diz. Aos 16 anos, com uma filha nos braços, dedicou-se à bebé e aos estudos, boa aluna, ajudava os colegas, a escola reconheceu-lhe a dedicação. “Gosto de ajudar as pessoas.” Maria tem hoje 21 anos e é mãe de uma menina de cinco.
Em 1983, Lígia Lebreiro tinha 17 anos e engravidou, foi mãe aos 18. Gravidez não planeada, uma das cerca das 18 mil mães adolescentes nas estatísticas desse ano. “Aos 17 anos, imaginamos como vai ser a nossa vida, queria ser bailarina, a gravidez mudou a minha direção, cortou algumas perspetivas.” Em casa, apoio total dos pais e da família. Lá fora, o choque, o escândalo na antiga Vila da Feira. Lígia destoava, vestia-se de forma diferente, fez o último exame de ballet aos sete meses de gravidez, terminou o liceu, deu aulas de formação musical, foi estudar História da Arte para o Porto, depois Design de Moda. “Não me senti ostracizada”, garante. Do pai da filha, nada. Pediu teste de ADN, processo em tribunal. “Tive de enfrentar tudo isso para provar que era o pai da minha filha.”
Amadurecimento que se apressa
Em 2000, perto de 7600 portuguesas foram mães adolescentes. Lilibete Matias estava nesse número. Engravidou no verão, numas férias no Algarve com o namorado. Tinha acabado o liceu, estava a estagiar numa clínica de fisioterapia, o período não vinha, comentou com uma colega de trabalho, fez o teste. “Não queria acreditar e passei um momento de negação. Não tive uma gravidez normal, tive uma gravidez escondida.” Tinha 18 anos, mais apetite, o corpo pedia roupas largas. “Filha mais nova, aldeia, terrinha, mentalidade antiquada. Foi um escândalo, foi difícil, foi um choque.”
Namorava desde os 15 anos, ao portão de casa e na escola. Casou dois meses antes de ser mãe de uma menina. Não teve escolha. “Tive de casar na freguesia ao lado por causa da vergonha. A minha mãe mandou fazer a roupa à costureira, uma saia comprida, um blazer comprido.” Sem vestido a rigor numa cerimónia restrita. O namorado preferia ter a filha antes, casar depois. Não tiveram opção e foram viver para o apartamento dos pais dele. Estiveram seis anos casados.
Hoje Lilibete Matias tem 43 anos, é esteticista em São João da Madeira, tem duas filhas, uma com quase 25 anos, outra com nove, já é avó. Os tempos eram outros. “Hoje os meus pais entendem, a sociedade mudou 200%, não se compara com a mentalidade que havia há 25 anos.” Ouviu tantos comentários. “Eu sabia das coisas, mas algum dia ia buscar uma pílula ao centro de saúde ou comprar à farmácia?”
Lígia Lebreiro tem 59 anos, é mãe de quatro, avó de um neto. Dos anos 1980 para hoje, muita coisa mudou. “Noto muita diferença em termos de informação, não só na escola se fala de educação sexual, como na comunicação social, e os próprios médicos de família já dão um apoio maior. Na altura, era tudo muito tabu, ainda havia muita vergonha de falar destas coisas.”
Na década de 1990, Margarida Gaspar de Matos, psicóloga e professora universitária, iniciava em Portugal o Health Behaviour in School-aged Children (HBSC), estudo que analisa estilos de vida dos adolescentes e comportamentos em vários países, com a colaboração da Organização Mundial da Saúde. Na altura, as pesquisas já colocavam o dedo no assunto, associando a gravidez na adolescência ao “desconhecimento dos/as jovens face aos contracetivos, à sua dificuldade em os obter ou em usar e ao acesso à informação, num tempo em que não havia Internet nem Google.”
Em 50 anos, o cenário mudou. “O estigma de uma jovem que engravida na adolescência já não é tanto o ostracismo social. Mas, na verdade, fica interrompida uma vida que deveria ter um ritmo de amadurecimento que assim se apressa e se precipita. De repente, quando se fica mãe já não se fica tão filha, tão adolescente, tão estudante, tão a pensar no seu futuro, tão a ter experiências de namoro a dois”, observa Margarida Gaspar de Matos.
Eva Diniz, professora e investigadora do ISPA - Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, debruçou-se sobre o tema da gravidez na adolescência em Portugal e no Brasil. Encontrou situações diversas, emoções comuns, falta de apoios, competências colocadas em causa, julgamentos fáceis, fragilidades. Verificou também que a construção social de gravidezes não desejadas e não planeadas na adolescência nem sempre bate certo com a realidade, sobretudo em meios socioeconómicos desfavorecidos com poucas perspetivas de vida, em que engravidar pode ser uma fuga à escola. “São miúdas que não têm grandes ligações sociais, escolares, afetivas, familiares”, adianta.
A adolescência é um período de alterações físicas e psicológicas e uma gravidez muda tudo. Depois da descoberta e da partilha com os pais, do encaixe e adaptação à situação, há um terceiro momento, o mais complexo. “O grande embate é na maternidade”, comenta Eva Diniz. O bebé nasce, a situação é visível, a crítica social vem à tona. “Elas sabem que não é suposto estarem grávidas e algumas sentirão o julgamento social relativamente às suas capacidades maternas, invalidadas no seu papel.” É tudo a acontecer. Ser mãe, não ter autonomia financeira, viver com os pais, cuidar de um bebé, não sair com as amigas, pouca oferta de consultas especializadas.
“Aos 14 anos, quem é que liga a uma consulta dessas?”, questiona Mayara. Nunca lhe passou pela cabeça, teve de aceitar e crescer. Mayara está na escola, num Programa Integrado de Educação e Formação. Não se mistura com os colegas. “São muito crianças, não conseguem lidar com coisas simples, não gostam de ouvir um não. Fico no meu canto, não gosto de estar com pessoas que sejam crianças.” Quando era mais criança, sonhava ser veterinária, agora fala em bióloga marinha. “Não decidi ainda do que gosto, não sei o que quero.” Quando não está na escola, brinca com a filha, conta-lhe histórias, coloca músicas do Panda. “Ela mexe no livro, levanta-se, pula.” Brinca com legos e animais de plástico que coloca no dedo, juntas passeiam pelos espaços verdes ao redor do edifício de tetos altos, pinturas nas paredes, salas com brinquedos.
Cristina Almeida é assistente social e diretora técnica da Associação Humanidades, instituição onde Mayara está e que apoia mães adolescentes e seus bebés com vista à autonomia. Tem uma creche aberta à comunidade e os seis quartos individuais para jovens mães ocupados. Os casos são complicados, famílias desestruturadas, histórias pesadas. “O caminho para a autonomia é muito difícil.” É necessário, em sua opinião, insistir no planeamento familiar, educação sexual, falar em violência no namoro, em questões que tocam certas franjas da população, habitualmente abaixo do radar. “Que sofrem violência doméstica, que não andam na escola.”
“Estas organizações podem ajudar muito, mas precisam de apoio dos serviços públicos, que estejam disponíveis a atender a necessidades que são básicas”, sublinha, lembrando que o apoio da Segurança Social não estica para consultas de psicologia, ginecologia, oftalmologia, estomatologia.
Gravidez na adolescência está a aumentar
Em Vila Real, Maria terminou o 12.° ano, foi mãe, aprendeu a cuidar da filha, tornou-se técnica auxiliar de saúde. Trabalha numa unidade de cuidados continuados e tem uma casa da Misericórdia. Continua ligada às pessoas do CAV, a diretora técnica assistiu ao parto. É o seu colo. “É a minha mãe adotiva.” Chorou muito no dia em que a sua filha nasceu, montanha-russa de emoções. Não gosta de sair, prefere ficar em casa, ouvir música, brincar com a filha que anda colada aos puzzles. Não quer pensar no futuro. “Gosto do trabalho, estou bem, é um dia de cada vez.”
O CAV da Misericórdia de Vila Real acolhe meninas mães e seus bebés, de contextos familiares vulneráveis, até fazerem 21 anos, trabalhando a autonomia, competências parentais, reestruturação emocional, integração escolar e profissional. “É uma retaguarda importante para o projeto de vida delas”, refere Tânia Sousa, psicóloga e diretora técnica do CAV. As adolescentes chegam sem chão, falam do medo de perder os filhos, das expetativas. “Primeiro, é dar-lhes colo, uma bagagem de afeto que não tiveram nas famílias de origem.”
Nos últimos anos, a tendência de descida das gravidezes na adolescência foi quebrada. Em 2022, aumentaram 6,4% em relação ao ano anterior, com 1591 bebés de mães com idades até aos 19 anos, duas tinham apenas 13 anos. Mais 92 bebés do que os 1499 contados em 2021. Em 2023, mais uma ligeira subida para 1645 bebés nascidos de mães adolescentes.
Em 2020, tinham sido 1763 bebés. No início do século, os números eram mais altos, em 2000, cerca de 7600 adolescentes foram mães. Em 2005, o número desceu consideravelmente para 4500, mantendo-se relativamente estável. Em 2009, nasceram 4347 bebés de mães adolescentes. Portugal chegou a ser o segundo país com maior taxa de gravidez na adolescência da Europa Ocidental até que os números começaram a diminuir: 3663 em 2011, 2295 em 2015. No século passado, a realidade era outra. Em 1977, cerca de 20 mil adolescentes eram mães, na década de 1980 andavam nos 18 mil por ano.
Nuno Teixeira, psicólogo e coordenador da delegação Norte da Associação para o Planeamento da Família (APF), não estranha esse aumento. “Era expectável que a tendência de diminuição fosse interrompida porque, nos últimos anos, temos assistido a um grande desinvestimento da educação sexual em contexto escolar.” A educação rodoviária está ao mesmo nível da educação sexual e as escolas podem optar por um tema, exemplifica.
Há vários constrangimentos, garante. “Há relatos de adolescentes que têm muita dificuldade em aceder às consultas de planeamento familiar – o próprio nome não faz sentido, devia ser mais abrangente. Nos centros de saúde, há sempre alguém que conhece o pai ou a mãe. Os centros de atendimento a jovens, alguns que funcionavam em casas da juventude, praticamente já não existem.” Por outro lado, há as redes sociais e as conversas com amigos. “O facto de terem muita informação não significa que seja de qualidade”, avisa Nuno Teixeira que recorda o estudo “A educação sexual dos jovens portugueses: Conhecimentos e fontes” e o que ele revelou em 2021. “Os conhecimentos sobre métodos contracetivos eram muito fracos, assim como em relação às doenças sexualmente transmissíveis.”
Em 2007, Margarida Gaspar de Matos fez parte do Grupo de Trabalho de Educação Sexual. “Defendemos a importância de a Educação Sexual existir em todas as escolas, em articulação com os serviços de saúde, de acordo com as idades e a existência de um gabinete de apoio ao aluno em todas as escolas, obrigatório nas secundárias”, recorda. A Educação Sexual tornou-se obrigatória nas escolas.
Alguns anos depois, a mesma equipa avaliou a aplicação do que havia sido estipulado. “A lei foi cumprida na sua forma, mas não na sua ‘filosofia’. Fizemos um inquérito às escolas que vinha relativamente ‘conforme’, mas depois, quando fizemos estudos de casos em escolas que visitámos, a realidade estava um pouco aquém.” Os estabelecimentos de ensino diziam ter um gabinete de apoio ao aluno, para essas questões, mas quase ninguém sabia onde se situava. “Os professores declaravam-se exaustos e pouco reconhecidos na sua ação promotora do bem-estar e saúde, incluindo saúde sexual, dos alunos.”
Margarida Gaspar de Matos sente que o tema anda aos círculos. “A educação sexual nas escolas é um tema muito badalado há anos, mas sempre muito pouco iluminado. Onde se discute sobre a vida e o futuro destas jovens e destes casais, a partir de crendices e questões ideológicas incompreensíveis em pleno século XXI e à margem de qualquer ética e ciência.”
A ideia de que o planeamento familiar é responsabilidade apenas da rapariga está entranhada. Os olhares estão habitualmente centrados nelas, não neles. Na adolescência, fala-se em mães, não em pais. Há muito trabalho a fazer na educação, alerta Nuno Teixeira. “Se calhar, os pais não têm assim tantos conhecimentos e não estão treinados para tratar estas questões de forma assertiva. É necessário desmontar uma série de mitos e, acima de tudo, tentar criar uma forte ligação entre as direções das escolas e os pais e as mães.” Até porque ainda há resistências a falar de saúde sexual nas escolas, trabalhar questões de género, afetos, prevenção de abusos.
Prevenção é a palavra que se impõe, segundo Fátima Palma, ginecologista e obstetra na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, responsável pela consulta de ginecologia infantil e juvenil da unidade de adolescentes. “Uma gravidez na adolescência não é expectável. Há meninas que não vão à escola. É preciso começar mais cedo a arranjar outros meios de comunicação com informações fidedignas, muni-las de ferramentas para que tenham uma gravidez programada”, defende. Prevenir em toda a linha, portanto.
Isabel Sampaio chega com o filho ao colo, Davi de olhos azuis e sorriso aberto, nome que tatuou junto ao peito, ao jardim do Marquês, no Porto, a dois passos da sua escola e da creche da Perpétuo Socorro. Tem 19 anos, é determinada, assertiva. Está a terminar o curso profissional de auxiliar de saúde, estagiou num centro de dia, quer trabalhar e juntar dinheiro para ir para a universidade. “Sempre fui uma pessoa muito responsável, muito estudiosa, sempre quis um futuro bom.” Não vai desistir. Sempre com a mãe ao lado, seu apoio incondicional, sempre a seu lado. E a ligação com o pai do filho é apenas de pai do filho, nada mais. Isabel vive com o filho e com a mãe.
Mayara mostra fotografias da filha no telemóvel. “Tenho fotos de todos os momentos com ela. Sou muito cuidadora, amorosa, sempre a dar-lhe beijinhos.” É uma menina mãe que fala em orientar a vida, ter casa, carro, trabalho. “Ninguém acredita que sou mãe dela, dizem que é minha irmã, e eu, às vezes, deixo estar”, conta a mãe que é uma menina.
