A rubrica "Partida, Largada, Fugida"
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Este é um fim de semana que, para muitos, é prolongado por causa do feriado de 10, Dia de Portugal. Aproveitemos enquanto não lhe mudam de vez o nome para Dia da Raça e dos Cidadãos de Bem. E de Ventura, que já escreveu mais livros que o Camões.
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Na terça tomou posse o novo Parlamento. Rita Matias andou pela bancada com um bebé, que eu ainda tive esperanças de que fosse deputado. Não era uma escolha mais incapaz do que muitos que lá estavam.
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Como agora é norma, o primeiro dia teve drama e intriga. Diogo Pacheco Amorim não foi eleito VP e admite que alguns deputados do Chega não tenham votado nele. Os próprios não reconhecem nomes que não sejam os do seu Querido Líder.
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Pedro Nuno Santos compareceu para assumir “para já” o papel de deputado. Foi mais desconfortável do que ter de ir ao casamento do nosso ex e vê-lo aos linguados com a extrema-direita.
5
Numa mensagem de 30 segundos na TVI, António José Seguro anunciou ser candidato à Presidência da República. O PS reagiu como quando o meu filho me faz uma prenda de Dia da Mãe: achou adorável, mas não quer aquela porcaria para nada.
6
Marques Mendes apresentou a sua comissão de honra, que inclui Toy. O problema é que mais depressa os portugueses ficaram impressionados com ver o cantor à bulha com uma melancia no “Taskmaster” do que com dez anos de comentário do outro.
7
Na Turquia, os passageiros que se levantam do lugar antes de o avião ter parado por completo ou se aglomeram no corredor vão ser multados. Eu sugiro fazer como na minha escola secundária: quem passa no corredor, leva um valente calduço.
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Zangaram-se as comadres: Elon Musk considera orçamento dos EUA uma “abominação repugnante”. Compreendo o desalento. Eu fico chateada se compro uma airfryer e ela não funciona, que fará se tivesse comprado um presidente.