Corpo do artigo
Texto de Sara Dias Oliveira Rosa conta como era e era uma vontade incontrolável de raspar, raspar, raspar. Raspar sem parar. Num só dia, chegou a jogar 300 euros. Encostava-se ao balcão, raspava e suava, suava e raspava. Chegava a casa de rastos, como se tivesse sido atropelada por um camião, o corpo quase a sucumbir. Deitava-se no sofá, exausta, exaurida, por vezes chorava sem conseguir arrancar de dentro de si o que estrebuchava nas entranhas. “É como beber sem ter sede, aquela euforia de que vai sair prémio e se não sai nesta sai naquela, se não sai naquela […]