Com a oposição interna a intensificar-se, surgem ecos de uma "ocupação total" de Gaza. Mas ninguém percebe se a intenção é real.
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Manobra estratégica?
A imprensa israelita deu conta do alegado plano de Benjamin Netanyahu de avançar para uma ocupação total da Faixa de Gaza, incluindo as áreas onde se encontram os reféns. O anúncio surgiu dias depois de o Hamas ter divulgado vídeos de reféns israelitas, em condições degradantes. Nos media do país, as opiniões dividem-se: plano real ou bluff para forçar acordo?
Contestação em crescendo
Se, à escala mundial, o genocídio levado a cabo por Netanyahu tem vindo a merecer uma contestação cada vez mais vocal, internamente as críticas também sobem de tom. É público que vários militares israelitas estão contra o plano de ocupação total. Acresce que centenas de figuras ligadas às autoridades israelitas, entretanto aposentadas, divulgaram uma carta enviada ao presidente dos EUA, Donald Trump, a pedir que pressionasse "Bibi" a acabar com a guerra.
68 %
Percentagem de israelitas a defender que prioridade deve ser o fim da guerra e a libertação dos reféns, segundo sondagem do Israel Democracy Institute. Só 25% acham que prioridade é derrota total do Hamas.
38
O número de soldados israelitas que se suicidaram entre 2024 e 2025.
"A sorte está lançada. Vamos conquistar totalmente a Faixa de Gaza - e derrotar o Hamas"
(a frase que terá sido dita por um alto funcionário do Governo israelita aos jornalistas locais)
[Raio-X é uma rubrica semanal da Notícias Magazine]