Acusada de fraude fiscal no processo "Pandorogate", a influencer italiana Chiara Ferragni está a tentar salvar a sua empresa, que teve uma perda superior a dez milhões de euros.
Corpo do artigo
Para reconstruir a boa imagem, a empresária e os seus sócios concordaram aumentar a capital da Fenice, empresa detentora das marcas de Chiara Ferragni, em cerca de seis milhões de euros, avança o jornal italiano Corriere Della Sera. A holding Sisterhood declarou estar "disposta a subscrever o aumento de capital na proporção das ações detidas", com o objetivo de permitir à Fenice "prosseguir com êxito a sua atividade".
Segundo a publicação, as perdas de 10,2 milhões registadas entre 2023 e o final de novembro de 2024 aniquilaram os ativos. Após o escândalo ter chegado a público, a empresária conseguiu, em 2023, fechar o ano fiscal com um lucro de 12 milhões de euros, mas as vendas caíram a pique no ano seguinte, com a Fenice a faturar apenas 2 milhões.
A imagem da influencer foi utilizada, entre 2021 e 2023, em ovos da Páscoa das marcas Balocco e Dolci Preziosi, que prometiam doar parte do valor a um hospital infantil em Turim e uma ONG que ajudava crianças com deficiência. Acontece que as doações foram feitas antes das campanhas começarem e com valores inferiores, levando o Ministério Público a acreditar que Chiara Ferragni lucrou 2,2 milhões de euros.
"Tenho a certeza de que estou inocente e vou prová-lo, não tenho dúvidas", disse Chiara Ferragni, em fevereiro, ao programa italiano "Pomeriggio 5". A influencer vai a julgamento no dia 23 de setembro.