"Os judeus já não me controlam". Publicações antissemitas de Kanye West causam nova polémica
Após a chegada polémica aos Grammys, Kanye West usou a rede social X (antigo Twitter) para fazer atacar a comunidade judaica e comentar a nudez da mulher, Bianca Censori, na passadeira vermelha.
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O rapper norte-americano Kanye West foi o assunto da semana, depois da polémica chegada à Crypto Arena, em Los Angeles, nos EUA, onde a mulher, Bianca Censori, posou praticamente nua diante dos fotógrafos.
Após ter revelado o diagnóstico de autismo, o músico recorreu, na noite de sexta-feira, ao X (antigo Twitter) para fazer uma série de publicações antissemitas e admitir que controla a atual companheira.
"Vou normalizar falar no Hitler como normalizaram falar sobre matar negros", escreveu, acrescentando depois: "Alguns dos meus melhores amigos são judeus e não confio em nenhum deles. Os judeus já não me controlam, isto é um país livre. Vocês abortam crianças negras para colher células estaminais".
Depois dos tweets polémicos sobre a religião, Kanye falou sobre a mulher, cuja as imagens de nudez na entrega de prémios correram o Mundo. "Eu controlo a minha mulher. Ela está com um bilionário, porque é que vos iria dar ouvidos. As pessoas dizem que o visual da passadeira vermelha foi uma decisão dela. Sim, eu não a faço fazer nada, mas definitivamente ela não teria sido capaz de fazê-lo sem a minha aprovação", declarou.
Na mesma rede social, o rapper admitiu ser racista e agradeceu a Elon Musk por ter adquirido a plataforma, uma vez que pode expressar livremente as suas opiniões controversas. Kanye, de 47 anos, pediu ainda a libertação de P. Diddy, com quem mantém uma amizade, e defendeu o rapper Ty Dolla $ign: "Quando fui cancelado, foi o único que me defendeu. Os outros esperaram que eu estivesse em paz com os judeus".
Vendas duplicaram
Em 2022, a gigante deportiva Adidas terminou a colaboração com Kanye West - agora conhecido como Ye - depois do rapper ter afirmando, durante uma entrevista, que amava os nazis. Após uma longa batalha judicial, as partes chegaram a acordo em outubro do ano passado.
Cinco meses depois, o músico apresentou a sua nova coleção de roupa feminina, tendo sido a nudez de Bianca Censori nos Grammys a rampa de lançamento. Nas últimas horas, as vendas da marca duplicaram, como fez questão de evidenciar na mesma rede social. "As minhas vendas duplicaram desde ontem [quinta-feira] à noite. O Mundo deve ser racista como eu", referiu.
Kanye West partilhou, mais tarde, uma imagem do mounjaro - medicamente indicado para o tratamento da diabetes - e destacou: "A Yeezy [nome da sua marca de roupa] não contrata pessoas gordas ou feias". Isto porque, as injeções são utilizadas por várias celebridades durante o processo de emagrecimento.