"Trata-se de uma mera montagem". Defesa de Joana Marques rejeita responsabilidade nos danos alegados
No julgamento entre Joana Marques e os irmãos Sérgio e Nelson Rosado, a defesa da humorista destacou que o sofrimento dos músicos não implica ato ilícito e rejeitou qualquer ligação da montagem humorística às supostas perdas contratuais.
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A advogada de Joana Marques começou a sua intervenção mostrando-se solidária com os irmãos Sérgio e Nelson Rosado, dos Anjos. "Isto não é um desrespeito pela vossa posição pessoal. Tenho muito respeito, empatizo e acredito que sofreram", afirmou.
"Por muito que tenham sofrido ou tolerado menos bem a piada, que acreditem que a piada levou ao cancelamento de espetáculos, isso prende-se com a forma como interpretaram a piada, mas não significa que tenha havido um ato ilícito", acrescentou, afastando qualquer responsabilidade da humorista pelas supostas quebras contratuais sofridas pelos Anjos.
Já o advogado da comediante, reforçou que "ninguém conseguiu fazer prova do ilícito". "Trata-se de um vídeo de curtíssima duração. Um vídeo normalíssimo. Com todo o respeito, trata-se de uma mera montagem. Podemos não gostar; temos direito a não gostar, especialmente se se dirigir a nós".
"Pasme-se que os autores [irmãos Rosado] pretendem uma retratação pública da ré, mas não exigem o mesmo por parte da entidade responsável pelas falhas no sistema de som", concluiu, referindo-se às dificuldades técnicas durante a apresentação apontadas pela dupla.
No final, o advogado de Joana Marques pediu a absolvição total, afirmando que os prejuízos alegados são um "risco inerente" à atividade dos Anjos.