
O INEM chama-se INEM desde que nasceu, há 44 anos. Pelo caminho, acabou confundido com o número de emergência, o nosso 115 e, desde 1997, o europeu 112. Chamava-se o 112, não se chamava o INEM. Até que voltou a ganhar protagonismo. Hoje, chama-se o INEM. Mesmo sabendo que, tem dias, falha. Cada vez mais. Vai daí, tenta perceber-se de que maleita padece o INEM e testam-se terapêuticas diversas, na impossibilidade de chamar o 112 para salvá-lo, porque é certo que morrerá durante a espera. Testa-se, essencialmente, tratar-lhe da cabeça, mudando-a. Uma, outra, tantas vezes que já lhe perdemos a conta. Procura-se sangrá-lo e emprestar-lhe sangue alheio. Até que surge, finalmente, a única ideia seguramente capaz de lhe tratar da saúde: muda-se-lhe uma letra. ANEM. Vamos voltar a chamar o 112.
