Se não fosse já supersticioso, teria de certezinha passado a ser desde ontem, a partir do momento em que li uma notícia sobre o aumento da idade da reforma.
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A diferença nem é assim tanta, só vamos trabalhar mais um mês para ter direito à aposentação, o que é nada num total de 798 que precisamos de viver para ganharmos o direito de sentar junto à lareira, madrugada dentro, a assistir a um jogo da NBA sem estarmos preocupados com o facto de nos levantarmos no dia seguinte às sete da manhã para ir trabalhar.
Mas o número salta à vista: 66 anos e seis meses, 666, portanto, o número do Demónio. O problema é que, desconfio, não vai ficar por aqui e, em poucas décadas, um tipo precisará mesmo de meter um dia de férias para comemorar em família a passagem do centésimo aniversário. Ou seja, 666 continuará a fazer sentido: a reforma é cada mais difícil, uma coisa dos diabos.
*Jornalista