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A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), é um serviço da administração direta do Estado, responsável pela promoção e defesa da igualdade de género e responsável pela execução das políticas públicas nestes domínios.
No âmbito da sua missão organizou nos passados dias 23 e 24 o III Fórum Nacional Contra a Violência Doméstica.
As Forças de Segurança, PSP e GNR, a quem cabe a competência exclusiva para investigação deste fenómeno criminal, sempre em coadjuvação com o Ministério Público, tudo têm feito para adotar as melhores práticas e adquirir os melhores conhecimentos, sobre um crime que se manifesta sobre as mais diversas complexidades. A aposta na formação, na afetação de recursos humanos em regime de exclusividade e a abertura à sociedade civil têm sido o motor para um reconhecimento cada vez mais consolidado.
Mas não foram estas polícias, que são responsáveis por 100%, repito 100% das investigações delegadas pelo MP, que participaram no fórum. A CIG, o tal organismo do Estado responsável pela execução das políticas públicas entendeu associar-se à PJ que é somente a polícia que nesta matéria desenvolve 0%, repito 0% e aqui sem qualquer crítica a esta polícia, porque tanto quanto se sabe limitaram-se a responder a um convite e dar o melhor de si.
Será que algum dia as Forças de Segurança vão poder reclamar, para si, um tratamento de igualdade? Será que algum dia uma certa “sociedade” se vai libertar de preconceitos e desce ao mundo real para conhecer o que se faz, como se faz e acima de tudo que fuja da “espuma dos dias” e tome decisões fundadas no conhecimento?
Talvez tenha sido um lapso da CIG ou talvez seja mesmo uma questão de política!