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A preparação da retoma plena da atividade política e do regresso ao trabalho no próximo mês de setembro tem uma multiplicidade de temas e de frentes de trabalho e de batalha política.
Trata-se de uma verdadeira “floresta política” de temas. Com a saúde na linha da frente, enquanto os efeitos das medidas de emergência não se fazem sentir em pleno.
Com a justiça sempre na ribalta, enquanto o país aguarda acordos de Estado e aumentos de eficiência.
Com a educação sob apertada vigilância no arranque do ano letivo 2024/2025, esperando menos agitação de protesto e melhores resultados para todos.
Com a pressão sobre a execução do PRR a aumentar de intensidade, enquanto se aguardam mais medidas contributivas para acabar com a paralisante burocracia que continua a existir.
Com o Orçamento do Estado de 2025 a ocupar a zona mais densa da “floresta política”, na qual se concentram as táticas de “florestação” do Governo e de “desbaste” da Oposição, rumo a uma decisão que pode valer eleições antecipadas (o que não perspetivo) ou um Governo para mais dois anos (no mínimo, e que perspetivo com probabilidade maior), numa ambiência natural e inevitável de todos estarem em campanha eleitoral e em gestão de jogos de pressão política mútua.
Com tantas mais “árvores” numa densa “floresta política”...…
Volvido esse tempo de gestão política complexa e intensa, na qual, para já, o Governo de Luís Montenegro leva vantagem, logo que consumada a votação da Lei do Orçamento do Estado de 2025 (pelos inícios de dezembro), mesmo com o quadro parlamentar disperso como o que temos na atual legislatura, passaremos a uma nova etapa, que denomino “tem que”, com a tomada de medidas implementando as prementes reformas que o Estado Português necessita da sua máquina organizacional, dos processos administrativos que desburocratizem e permitam a redução da despesa e o aumento da eficiência em benefício dos cidadãos e das empresas, a estrutural redução da carga fiscal... Com tantos mais “tem que”, para a boa gestão do país e o bom serviço dos portugueses, assim como das empresas, que são o motor da nossa economia.
Os próximos três meses vão ser de enorme intensidade política, esperando-se também alguns incêndios na “floresta política”, não faltando “incendiários” nem “bombeiros de serviço”, para a gestão dos danos e dos ganhos, políticos e reais, junto dos cidadãos, da tal opinião pública.
Os próximos muitos meses têm de ter um Portugal em crescimento económico, tirando o máximo proveito dos fundos comunitários do PRR e do Portugal 2030, assim como das novas dinâmicas que esperemos surjam da União Europeia com a instalação e o início de funções da nova Comissão Europeia.
Boas férias e bom regresso ao trabalho.