<p>O triste espectáculo com que Passos Coelho e José Sócrates andam há meses a entreter o país parece ter chegado finalmente ao fim. Pode agora poupar-se um pouco nos rios de tinta e nos quilómetros de gravações gastos para tentar convencer os portugueses que há "enormes diferenças" entre o PS e PSD. Bem será preciso reservar alguma coisa pois que, lá para Março/Abril, haverá que montar de novo o circo para estes dois artistas voltarem a encenar a farsa das divergências e tentarem mais uma vez roubar o voto aos portugueses.</p>
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Por agora fica uma foto de telemóvel a testemunhar o baixar do pano sobre a querela virtual de um Orçamento tipo "pescadinha de rabo na boca".
Como estava escrito nas estrelas - já o tínhamos escrito e dito há muito tempo -, o entendimento entre PS e PSD nada muda do que de essencial já estava no OE e vai condenar Portugal a novo período de recessão, com mais desemprego, mais pobreza, menores receitas, mais dependências externas... e certamente novas derrapagens orçamentais, pretexto habitual para impor mais austeridade e novos PEC a atingirem os mesmos de sempre e a deixarem de fora os lucros imorais e a reforçada rentabilidade dos "poucos do costume".
PS e PSD acordam sempre no que é fundamental para a Direita: num corte brutal de salários, no congelamento total das reformas, na perda do abono para mais 400 mil famílias com salários acima de 630 euros, no aumento do IVA de 21 para 23%, no reanalisar (mas não acabar...) dos negócios ruinosos das parcerias público-privadas (PPP), no lançar de mais uma onda de cortes "secretos" (que só conheceremos dentro de dias), para servir de contrapartida às "cerejas" que Catroga levou para Cavaco Silva, o patrocinador de um orçamento ditado pela sra. Merkel a mando do sistema financeiro internacional.
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