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Quase três meses depois da vitória na final da Liga das Nações, a Seleção Nacional venceu a Arménia, no arranque da qualificação para o Mundial 2026. O pontapé de saída desta caminhada plena de ambição aconteceu em Ierevan, distante capital arménia, mas os laços afetivos com a Seleção Nacional deixam-na, porventura, mais próxima do que nunca. Testemunhamo-lo desde o regresso da Seleção Nacional à Cidade do Futebol, na cerimónia que uniu Portugal na homenagem à memória de Diogo Jota e Jorge Costa, imortalizados na Praça dos Heróis, inaugurada por Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
A resposta coletiva a uma tristeza sem tamanho perante a partida inesperada de duas referências do futebol nacional e ainda de André Silva, irmão de Diogo Jota, constituiu mais um exemplo da importância do futebol enquanto elemento agregador da nossa sociedade, justificadamente representada naquele momento, ao mais alto nível, pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, entre outros responsáveis do Governo. Figuras de Estado que, recorde-se, não hesitaram em juntar-se ao call center solidário da campanha Portugal Conta Connosco, que, sob a insígnia da Fundação FPF, mobiliza toda a sociedade para o apoio à Liga dos Bombeiros Portugueses e se estende até 11 de outubro, data do reencontro da Seleção Nacional com os adeptos nacionais, em Alvalade, no jogo com a República da Irlanda.
A mesma simbólica e poderosa união ficou assinalada no minuto de silêncio no treino de Portugal, antes da partida para a Arménia, no rescaldo do choque da tragédia com o elevador da Glória, que causou 16 mortos, em Lisboa. Essa força que nos liga e que tem na Federação Portuguesa de Futebol o símbolo agregador da paixão movida pelo talento, esteve ontem em campo, na Arménia. A hora das alegrias chegou e com ela a certeza de que tudo o que vivemos nos deixa mais fortes. Juntos, vencemos todos os desafios, dentro e fora do relvado.