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A diocese do Porto é a face de uma Igreja aberta à comunidade, ativa na sociedade e interveniente perante as dificuldades. Na ação da Igreja no distrito e na cidade do Porto encontra-se, a meu ver, a melhor interpretação do que significa o catolicismo moderno. Primeiro com D. Manuel Clemente e, desde 2014, com o bispo D. António Francisco dos Santos, a diocese antecipou da melhor forma as orientações de abertura e intervenção social que o Papa Francisco levou para Roma.
Não me fixando nas questões doutrinais, julgo dever sublinhar-se o papel central que a Igreja hoje tem na nossa vida comunitária. E ele é bem visível e relevante no trabalho diário da Obra Diocesana de Promoção Social junto de populações e pessoas carenciadas e no impulso dado pela Santa Casa da Misericórdia a projetos nas áreas da saúde, da educação e do património.
A intervenção da Igreja católica no Porto é, porém, mais abrangente e não se restringe ao âmbito das suas vocações ditas "clássicas". Veja-se o investimento no domínio do turismo, nomeadamente por via da recuperação da Igreja e da Torre dos Clérigos, projeto que o Padre Américo Aguiar soube liderar com enorme entusiasmo e sucesso e que faz deste ícone da cidade um dos monumentos mais visitados de Portugal. Ou atente-se ao impacto da abertura de portas a visitas turísticas, já no final do ano passado, de um dos mais belos e impressionantes edifícios da cidade, o Paço Episcopal, e que estava até então reservado à utilização eclesiástica.
A diocese do Porto desenvolve um trabalho único em prol da comunidade. E fá-lo numa base de cooperação e de envolvimento com outras instituições e com outros poderes. No caso do Porto e no campo concreto da ação social, a Câmara Municipal é um parceiro inestimável para ajudar a concretizar as ideias da Igreja pois entende-as como importantes para esta comunidade.
Por estes motivos, e sempre na lógica de uma cidade a trabalhar em rede, decidiu a direção da Associação Comercial do Porto, convidar para orador no nosso jantar de Associados na próxima sexta-feira, dia 24 de março, D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto.
A Cidade faz-se também com a Igreja. Cabe assim aos poderes públicos e às instituições privadas saber articular posições com vista a uma sociedade mais justa e coesa. Também aqui o Porto tem sido um exemplo. Que grande Cidade!
EMPRESÁRIO E PRES. ASS. COMERCIAL DO PORTO