<p>Quatro anos de inúteis e desnecessários conflitos que por duas vezes obrigaram mais de 100 mil professores a mostrarem a sua unidade e força nas ruas deste país! Quatro anos de autismo em que uma ministra (Lurdes Rodrigues), uma equipa governativa (Jorge Pedreira e Valter Lemos, este "premiado" noutro ministério), e um grupo de directores-gerais (onde pontificou Margarida Elisa), ofenderam e amesquinharam os professores. Valia aliás a pena conhecer as consequências de tanto tempo perdido na formação dos nossos jovens causadas pela equipa autista e incompetente que chefiou a Educação em Portugal nos últimos quatro anos! </p>
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Quatro anos de arrogância política do Governo de Sócrates, suportado numa maioria absoluta que o país derrotou em 27 de Setembro. Quatro anos de total instabilidade nas escolas por causa de uma política economicista congeminada por um Governo autoritário e cego na sua obsessão de proceder a cortes em despesas sociais (na Educação, na Saúde,…), para controlar o défice orçamental e dar seguimento às imposições de Bruxelas.
Ao contrário do que dizia o PS, os professores queriam avaliação, não são uns malandros que nada fazem nem querem fazer. Afinal, os professores demonstraram que queriam e sabem negociar com quem esteja disposto a fazê-lo. Só não gostam, nem aceitam, é ser tratados como servos obedientes e bajuladores da prepotência de um Governo de maioria absoluta.
Encerra-se agora um capítulo para os professores. Amanhã, inicia-se a preparação de uma nova fase que elimine ou melhore tudo o que nesta não foi ainda possível remover. Mas sem a luta de milhares não havia carreira única, não seria possível que todos acedessem ao topo, os contratados tinham que fazer prova de vida…
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