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Todos os dias, somos dirigidos por um conjunto de interesses que nos levam a formular opiniões sobre a cidade. A participação das pessoas não deve ser acionada apenas quando há projetos novos na cidade. Para a literacia sobre o urbano, exige-se mais conhecimento e informação. Urbanidade é um conjunto de códigos comportamentais que levam à construção de uma comunidade mais civilizada.
Há temas que merecem ser partilhados e que pertencem ao condomínio da cidade. A exemplo, os lixos e os resíduos, as alterações climáticas e os recursos energéticos, a inclusão e os modos de vida, a mobilidade e o planeamento urbano, as crianças e o espaço público, a violência viária e a segurança, a estrutura verde e a saúde.
Esta responsabilidade coletiva exige crescimento intelectual no conhecimento da cidade e deve preparar todos, enquanto comunidade, para os desafios maiores e para a urgência de implementar determinadas ações políticas nas cidades, mesmo que disruptivas.
Assim, importa referir que a escola deveria formar mais e desde os mais pequenos. As novas gerações devem estar mais bem preparadas e saber conceitos básicos da vida: o que é o planeamento do território, a fragilidade do planeta, a sensibilidade ambiental, os instrumentos de planeamento que existem para a gestão do território, para a mobilidade sustentável ou para as alterações climáticas, conhecimentos relevantes com que, rapidamente, estas gerações serão confrontadas, porque o tempo passa a voar. Em síntese, a cidade que educa é a cidade que urge nascer para o bem coletivo.