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Para muitos, a União Europeia é o mais bem-sucedido processo de paz, num continente, na história, martirizado por guerras entre as suas nações. Para outros, é um projeto económico, de crescimento e progresso. Para os restantes, é um espaço de livre circulação e de afirmação das democracias liberais, da dignidade da pessoa humana, das tradições europeias e dos grandes movimentos de progresso social.
Na semana em que celebramos o dia da Europa, dá-se a circunstância de estar a decorrer a Queima das Fitas do Porto e não posso deixar de associar o sonho do projeto europeu ao sonho de milhares de jovens da minha geração.
Para mim, e para muitos como eu, a Europa é, hoje, o espaço de todas as possibilidades e oportunidades. É o lugar seguro, onde é possível vencer desigualdades, progredir socialmente e aprender e conhecer sempre mais. É a Europa do Erasmus, da multiculturalidade e das convicções e valores comuns.
É, também, a Europa que enfrenta, unida, as ameaças ao seu modo de vida, e que se engrandece contra novas sombras que intimidam a nossa paz. É a Europa que ainda se debate com crises migratórias, por parte de tantos cidadãos de outas geografias, que, tal como eu, veem na Europa o lugar para realizar as suas aspirações.
Quando novos jovens entram no Ensino Superior e outros concluem o seu percurso académico, olhar para eles nos olhos é descobrir a alma europeia. Uma Europa rejuvenescida, com uma economia baseada no conhecimento e onde cada um pode atingir o seu potencial.
Estar na Europa é construir um futuro melhor. E mais importante do que estar na Europa é ser europeia e isso deixa-me feliz.
*Presidente da Federação Académica do Porto