I Estação - "Quantas (Mães), depois de os ter dado à luz, veem-nos padecer e morrer por doença, falta de comida, água, cuidados médicos".
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II Estação - "Os novos crucificados: os sem-abrigo, os jovens sem esperança, sem emprego nem perspetivas, os imigrantes obrigados a viver à margem da nossa sociedade".
III Estação - "Numa estrada de Roma três africanas, pouco mais do que crianças (......) queimadas gravemente por alguns rapazolas que passavam de carro e que, para se divertirem, lançaram material inflamável na braseira onde se aqueciam".
IV Estação - "Demasiadas Mães que deixaram partir as sua filhas para a Europa onde só encontraram humilhações, desprezo e até a morte".
V Estação - "Os novos cireneus: há mais de 17 anos, visitam em Roma um centro para mulheres imigradas sem documentos".
VI Estação - "Aquela menor de corpinho frágil, encontrada uma noite em Roma, com uma fila de homens para dela se aproveitarem".
VII Estação - "Numa sociedade onde o perdão é visto como fraqueza".
VIII Estação - "O pobre, o estrangeiro, o diferente não deve ser visto como um inimigo a rejeitar ou a combater".
IX Estação - "Como tantas raparigas, forçadas à vida de estrada por grupos de traficantes de escravos, as quais não aguentam a fadiga e a humilhação de ver o seu corpo jovem abusado, destruído, conjuntamente com os seus sonhos".
X Estação - "Enquanto no Mundo se vão erguendo muros e barreiras, tantos, arriscando a própria vida, salvam a vida de tantas famílias".
XI Estação - "Homens, mulheres e crianças são comprados e vendidos como escravos pelos novos mercantes de seres humanos".
XII Estação - "(...) a solidão dos que agonizam hoje nos inúmeros calvários espalhados pelo Mundo: os campos dos países de trânsito, os centros de permanência, os campos para trabalhadores sazonais".
XIII - Estação - "Quem chorou? Quem chorou? Diante daqueles 26 caixões alinhados. Apenas cinco foram identificadas".
XIV - Estação - "O deserto e os mares tornaram-se os novos sepulcros. Perante estas mortes, não há respostas. Mas há responsabilidades".
Eugénia Bonetti, Meditações, Coliseu de Roma
* ANALISTA FINANCEIRA