Caros leitores do JN, sendo imenso o respeito e estima que sinto por todos há mais de 10 anos, gostaria que não hesitassem um minuto na consideração de que é um assunto sério o tema sobre que vos escrevo hoje: a semana dos quatro dias.
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Pronto, já sei que muitos se estão a rir a pensar que eu estou a brincar e que se trata apenas de uma ficção. Admito até que alguns pensem que é o título de mais uma novela, especialmente daquelas que agora se produzem para nos fazerem rir. Nunca esquecendo que rir é o melhor remédio, sobretudo contra "doenças" como a covid" e a guerra de Putin, em que não vemos o dia em que possam acabar. Num caso ou noutro vão seguramente demorar muito mais do que quatro dias.
Imaginando que vão demorar ainda mais uns 400 dias, estaremos a falar de 100 semanas ao "câmbio" atual, porque se falássemos de semanas como as que conhecemos há anos estaríamos a falar de 700 dias. Querem ver que acabei de arranjar uma vantagem mundial para os adeptos da semana de quatro dias? Se a semana dos quatro dias servisse para encurtar os dias que faltam para erradicar a covid e acabar com a guerra, até eu me tornaria já um dos militantes mais fervorosos desta causa.
Até porque não gosto de ser desmancha-prazeres, dirigi o meu pensamento a grande velocidade no encalço de outras boas razões que possam depor a favor desta semana dos quatro dias. Dei comigo a pensar que como entre três dias e quatro dias só existem 24 horas de diferença, podíamos antes começar a apostar no fim de semana de quatro dias.
Tenho aliás alguns amigos de Lisboa que entre o dia 10 e o dia 20 deste mês de junho vão conseguir trabalhar apenas quatro dias. Tanto quanto julgo saber, este é o principal projeto-piloto para que o Governo pediu voluntários. Trabalhar quatro dias em 10 será com certeza uma experiência enriquecedora, resta saber é quem ficará mais rico no final das contas.
Não é a primeira vez em que haverá muita gente que só trabalha quatro dias em 10 (claro que se optar por meter quatro dias de férias já só trabalhará quatro em 14) mas se o país tem aguentado há muitos anos estas minudências das festas populares, estou muito curioso em saber como aguentará o ano em que a festa se prolongue de 1 de janeiro a 31 de dezembro.
Festa é festa, ainda é só uma novela da TVI, mas pode não ser por acaso que já vai na 4.ª edição e dura quase há um ano.
*Empresário