Noticia hoje o JN que três médicos de Centros de Saúde de Viseu são acusados pelo MP de terem prescrito aos seus doentes diversos medicamentos (para o reumatismo, a diabetes e doenças cardiovasculares) de um determinado laboratório a troco de bilhetes para jogos do Benfica.
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Isto além, ainda, de "playstations" (provavelmente para jogarem a fazer de treinadores do "glorioso" ), fins-de-semana em estâncias turísticas (pois os adeptos também precisam de entrar em estágio antes dos grandes jogos) e dinheiro vivo (para os cachorros e os amendoins ao intervalo).
Os médicos do SNS ganham mal e ser adepto, mesmo adepto de sofá, sai caro. Mas passar receitas para doenças cardiovasculares a troco de bilhetes para ir à Luz não parece particularmente apropriado. A não ser que as receitas tivessem sido passadas a outros adeptos do Benfica, mas tendo o "negócio" decorrido entre 2005 e 2007, anos em que o Benfica, após ter, em 2005, ganho o campeonato ao Sporting com o celerado empurrão de Luisão a Ricardo (e à bola) para dentro da baliza, não ganhou nada, justificar-se-iam talvez antes receitas de ansiolíticos e antidepressivos.
Os acusados poderão sempre invocar em sua defesa estado de necessidade. O adepto é um "junkie" e não há metadona para a carência de títulos. Eu que o diga que, um dia destes, fiz algo se calhar ainda mais insensato que passar umas receitas: comprei obrigações do Sporting.