A tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia de uma sociedade. As soluções digitais estão a transformar a vida das pessoas, a forma como vivem, como trabalham e como se relacionam entre si. A inteligência artificial está aí, como bem o demonstra bem o ChatGPT, uma realidade incontornável no presente e no futuro.
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Conceitos como inteligência artificial, computação e digitalização estão na ordem do dia e este é, ou pelo menos deveria ser, um tema da maior importância para qualquer organização da nossa sociedade civil.
O futuro é digital e o ano de 2023 marca, precisamente, o arranque do projeto "Década Digital", promovido pela Comissão Europeia para capacitar cidadãos e empresas num futuro tecnológico centrado no ser humano, sustentável e mais próspero.
De acordo com a estratégia definida, até 2030, 80% da população da União Europeia deverá ter competências digitais básicas, a transformação digital deverá chegar às empresas, a digitalização dos serviços públicos deverá ser uma realidade e já deveremos contar com infraestruturas digitais seguras e sustentáveis.
A ambição é grande! Mas não é impossível! Cabe-nos a nós, enquanto decisores políticos, alinhar as nossas estratégias e políticas com aqueles que são os grandes desafios globais.
Já o temos feito em Vila Nova de Famalicão. O novo plano estratégico do município para o período 2022-2030, desenhado com o contributo da sociedade famalicense, posiciona o nosso concelho como "um território conectado interna e internacionalmente, infraestruturado para a comunicação e ação digital".
A este nível, o desenvolvimento da Smart City Famalicão é também um bom exemplo da implementação de medidas de inteligência urbana na gestão do território e de como a inovação tecnológica tem facilitado a interação e a informação entre a autarquia e os cidadãos, tornando a cidade mais eficiente, próxima das pessoas e das suas necessidades.
Explorar os benefícios da transformação digital em benefício das pessoas é, pois, o grande desafio. A mudança que queremos ver deve ser aquela que maximiza os benefícios da tecnologia e minimiza os riscos que esta representa.
As tecnologias devem apontar o caminho para uma sociedade mais próspera e inclusiva. Devem reduzir as desigualdades e não o contrário. Devem contribuir para melhores cuidados de saúde, um sistema educativo melhor, transportes mais seguros e menos poluentes, sistemas de produção mais eficientes e uma energia mais sustentável.
Os desafios são grandes! Saibamos estar à altura, sem virar costas ao admirável mundo novo.
*Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão