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Cristiano Ronaldo disse, recentemente, que a Liga saudita era melhor que a Ligue 1, o que deixou o futebol francês em polvorosa. Verdade? Ou simplesmente CR7 a defender quem o recompensa principescamente e contribui para fazer dele o desportista mais bem pago do Mundo?
Desportivamente, será sempre uma alegação muito difícil de comprovar, embora o Al Nassr, de CR7, Otávio e Luís Castro, e o Al Hilal, de Jorge Jesus e Rúben Neves, mostrem ter argumentos para se baterem com todas as equipas francesas. E em termos financeiros, se o Fundo Público da Arábia Saudita abriu a época 2023/24 com um investimento milionário (quase 950 milhões de euros), só superado pelos aparentes bolsos sem fim da Liga Inglesa (2,7 mil milhões), a Ligue 1 passou-lhe a perna em termos de gastos totais neste mercado de janeiro, ao chegar aos 1,1 mil milhões.
Surpresa: os franceses foram mesmo os maiores gastadores do futebol mundial nesta segunda janela de transferências, com um novo máximo de 190,93 milhões em reforços . Os clubes ingleses ficaram-se pelos 119, por exemplo, eles que há um ano estabeleceram um recorde que deverá perdurar por muitos e longos anos: 842,5 milhões de euros! E, comparativamente, os sauditas refrearam os ânimos em janeiro, gastando... 25 milhões de euros. Muito menos do que os principais campeonatos europeus, inclusive o português, que investiu 53,2 milhões, o valor mais alto dos últimos cinco anos. Só o Benfica, por exemplo, despendeu mais do que todos os clubes sauditas: 36,5 milhões, dos quais 9,5 milhões a serem pagos apenas no fim da época, quando tiver de exercer a opção de compra obrigatória acordada com o Estudiantes no negócio de Rollheiser.
Será que este mercado de janeiro significa uma mudança de paradigma na Arábia Saudita? Ou será que quando chegar o Verão vai voltar a inundar de “petrodólares” o futebol mundial? É esperar para ver...