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Há dias, atestei o carro com... água. Obviamente, não sabia que o estava a fazer e fui surpreendido quando o mesmo começou aos soluços e acabou na oficina, onde me foi transmitido o inusitado diagnóstico. A novela ainda só vai a meio, com seguradoras ao barulho e cancelamento de peritagens sem aviso prévio. Uma pouca vergonha... Para não dar publicidade, recomendo apenas que não recorram às chamadas low-cost. No mundo da bola, Rui Borges fez o mesmo: meteu água em vez de combustível e o carro vai andar, pelo menos por uns tempos, aos soluços. No caso, a responsabilidade é única e exclusivamente do técnico. Deixar escapar a liderança, num jogo onde se deixou voltar a empatar (um fantasma que persegue o treinador desde o V. Guimarães), e, no fim, meter os pés pelas mãos para explicar a entrada tardia de Harder foi mau. O avançado dinamarquês, de 20 anos, é o fortíssimo candidato a substituir Gyokeres, quando o sueco rumar à Premier League ou seja lá para onde for, e merecia ter escutado outras palavras e recebido uma mensagem de confiança do treinador. Rui Borges já se tentou justificar, dizendo que quando disse que jogador tinha sido muito trapalhão, nos últimos jogos, não o fez em tom de crítica... Bem, apesar do esforço, a justificação não me convence e vai ser muito curioso seguir a gestão que será feita com o avançado. A começar já pela apertada deslocação aos Açores, onde mora a equipa sensação da liga, que, na primeira volta, triunfou em Alvalade.