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Vale sempre a pena continuar a sonhar. Sejamos crianças ou adultos. Que o digam João Mário e Alberto Costa. Com o sonho de menino cumprido, pois representou o F. C. Porto nos últimos 17 anos, percorrendo todos os escalões até chegar à primeira equipa e ganhar tudo o que é possível em Portugal – campeonato (2), Taça de Portugal (4), Supertaça (3) e Taça da Liga (1) –, para além da chamada à seleção A, João Mário aceitou sair para realizar outro objetivo: jogar no estrangeiro (Itália) e noutra grande equipa (Juventus).
Quis o destino, ou melhor, a visão estratégica de André Villas-Boas neste mercado de transferências, que a saída de João Mário permitisse a Alberto Costa fazer o caminho inverso, trocando a “Velha Senhora” pelo Dragão para cumprir o sonho de criança: jogar no clube do coração. A viagem de Santo Tirso ao Porto demorou, mas aos 21 anos vestirá de azul e branco para gáudio da família, toda portista. Isto sem que tenha esquecido que a concretização deste sonho também se deve ao Vitória de Guimarães, onde fez toda a formação e que lhe abriu as portas do futebol profissional.
Estas duas histórias mostram que vale a pena sonhar quando somos crianças. Exceto para as crianças palestinianas de hoje. Essas não têm direito a sonhar. Essas morrem à fome. Ao ver as crianças de Gaza, lembro-me das dos campos de concentração nazis. Só que agora os nazis são judeus… E os donos do mundo seguem em silêncio perante este genocídio perpetrado por Israel. Que vergonha.
*Editor-adjunto