" (......) and now a special thanks for the Portuguese friends that came today to celebrate their beloved architect".
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Assim falava o presidente da Fundação Tchoban que, em Berlim, acolhia a exposição "Siza Unseen & Unknown" onde, pela primeira vez, se mostravam desenhos de Álvaro Siza, Maria Antónia Siza, sua mulher, de Alvarinho, seu filho, e do seu neto Henrique Siza.
Mas se era palpável o entusiasmo e a comoção que todos os portugueses sentiram na abertura da exposição e no debate que a antecedeu (integrado nas comemorações dos 100 anos do movimento Bauhaus), não menos palpável era o respeito e a veneração com que todos os outros, de todos os países e idades, o acompanharam no discurso e no itinerário pelas obras expostas.
Por isso, todos nós, os portugueses que lá fomos e todos os outros que acorreram de várias partes do Mundo, sentimos com particular consciência o privilégio de participar naquele pequeno pedaço da vida do Mestre.
Álvaro Siza é seguido como se fosse um "superstar" suscitando a ansiedade e o fervor de um público feito de todas as origens e idades.
Junta-os o amor pela arte, pelo conhecimento e pela arquitetura. Por esta ordem.
A nós que pudemos, algum dia, privar um pouco mais de perto com o Mestre, junta-nos ainda a amizade e o carinho por um ser humano excecional que se revela na palavra serena, no sorriso surpreendido, na simplicidade arrasadora.
Nos desenhos que por estes dias pousaram em Berlim, reconhecemos a obra única, desmultiplicada por tantos projetos pelo Mundo e procuramos desvendar "a origem dos seus edifícios únicos de pedra e betão, na fragilidade da existência humana e nas relações pessoais".
No fundo, a mesma linha perfeita, sem dúvidas, que contorna a luz para a fazer entrar e perdurar nos edifícios que projeta.
Exposta com o mesmo pudor com que pai e mãe se continuam luminosamente no traço de Alvarinho e Henrique.
Analista financeira