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A ausência do bálsamo Rodrigo Mora deu-nos um banho de realidade maior do que um pesadelo fora de horas. Tinha já sido uma semana difícil, onde ninguém (nem o aniversariante) esteve de parabéns, um bolo difícil de engolir pela ideia de desresponsabilização e de falta de comprometimento para ultrapassar o desastre que tem sido esta época. A única resposta que se podia esperar do plantel era um jogo autoritário, demonstração evidente de que, para além do arrependimento, haveria notória vontade de dar uma resposta de compromisso colectivo com os pergaminhos do clube pela honra da camisola que se veste. Nada disso aconteceu. Uma entrada em jogo onde o Estrela da Amadora criou uma mão cheia de oportunidades e dominou o jogo em todos os indicadores. O FC Porto era uma equipa encolhida, descrente, sem sentido e sem potenciar qualquer jogador. Para além de sofrível, uma tragédia que nem uma melhor segunda parte emendou.
Martin Anselmi já deve ter percebido que não há nenhum movimento de crescimento colectivo na equipa desde que chegou e tentou implantar o sistema de jogo que se conhece. Uma perda de tempo que descarateriza jogadores, faz descrer os adeptos e coloca as expectativas abaixo de zero. Acima de tudo, nem sequer prepara a próxima temporada e pode comprometer o calendário da pré-época. Desastroso. Neste momento, o FC Porto de Anselmi é um candidato a bater recordes negativos, mais do que a ganhar jogos. Será necessário um murro na mesa e uma nova atitude que nos leve a vencer os últimos três jogos e procurar uma presença digna no Mundial de Clubes. O terceiro lugar na Liga, esse, já nem depende de nós.
O autor escreve segundo a antiga ortografia
Adepto do F. C. Porto