Não há como não recordar: foi às 11.33 horas do dia 28 de abril. "Apagão" foi eleita a palavra do ano pelos portugueses e a justificação é justa. Foi o "momento mais marcante" de 2025, num misto de "incerteza e aflição". Uma "lição de vida", sem dúvida. As encomendas dos velhinhos rádios a pilhas dispararam porque todos perceberam que só a informação pode ser luz no caos. Há aqui algo de poético e preocupante. Se um dia de apagão foi aflitivo, imaginar dias, meses e anos na "escuridão" devia ser suficiente para andarmos com a nossa democracia na palma das mãos, cuidando das suas fragilidades e protegendo-a dos perigos. Mas há lições que não aprendemos mesmo e, um dia, quando "acordarmos", vamos andar a colar arcos-íris nas janelas e a rezar para ficar tudo bem.
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