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Sempre olhei para os colecionadores - aquela malta dos cromos, dos selos, dos autocolantes -, como quem está a ver deuses, porque nunca tive tenacidade e paciência para ir até ao fim do Mundo atrás de uma carinha do Zidane que permite fechar a caderneta. No máximo, consegui chegar ao Cabo do Mundo, que fica em Perafita, no meu concelho. A minha devoção aos colecionadores é tão inquebrantável que andei décadas à espera de encontrar a coisa certa para colecionar. E ontem descobri, finalmente, a coleção ideal. Aproveito para convidar amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos, a entregarem-me todas as garrafas de plástico que puderem. No fundo, soube agora, sempre tive espírito de colecionador, só faltava mesmo um incentivo. No caso, os cêntimos oferecidos pelo Estado a quem devolver garrafas de plástico.
*Jornalista