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Em 2022, assinalou-se o Ano Europeu da Juventude, por proposta da Comissão Europeia. O tema mobilizou parte da atenção mediática, das instituições, dos decisores políticos e das pessoas para os desafios dos jovens de hoje. É difícil medir o impacto, contudo, parece-me claro que é preciso continuar a fazer mais.
2023 já está a ser marcado pela Jornada Mundial da Juventude. Ainda bem que há quem queira saber de nós. É pelas jovens gerações que a Jornada acontece. Por isso, a atenção que é devida aos jovens deve ser o palco central.
Num tempo bafiento de ruído, com opiniões mais ou menos acesas sobre a laicidade do Estado, o investimento e a falta de preparação do evento, as vozes jovens têm que se multiplicar e fazer-se escutar. Permitam-nos usar o tempo de antena para expor os sobressaltos que vivemos.
Não raras vezes, ecoam que os jovens não participam e estão apáticos. A mobilização de tantos e tantas jovens, de todas as partes do Mundo, derruba este lugar-comum. É o desejo de um Mundo mais próspero e justo que une os jovens, católicos ou laicos, crentes ou não crentes. Estes jovens têm uma esperança arrebatadora num futuro melhor.
Para que se possam rejuvenescer, o Mundo e o nosso País devem deixar-se contagiar com a ambição e a energia dos jovens, ao invés de os atirarem numa espiral de descrença.
São admiráveis o espírito de missão e a vontade de acreditar que chegam de voluntários e peregrinos. São respeitáveis o encontro de culturas e a tolerância entre povos e religiões.
Em Lisboa, são os jovens que fecham portas ao individualismo, ao oportunismo e à maleficência. São os jovens que, uma vez mais, dão uma lição de abertura, colaboração e paz.