As Antoninas que o povo e a cidade merecem
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Por esta altura do ano, são os santos populares que motivam as festas e romarias que acontecem um pouco por todo o país. Em Vila Nova de Famalicão é o Santo António que dá o mote para um programa muito eclético, para todos os gostos e idades, condensado em oito dias de animação e dinâmica festiva. A cidade espera a visita de muitos milhares de famalicenses e de forasteiros das mais variadas paragens. O ponto alto acontecerá na noite do próximo dia 12, com as Marchas Antoninas, evento minuciosamente preparado por nove associações, envolvendo muitas centenas de participantes, e que serão presenciadas por muitos milhares de pessoas, tanto nas ruas como nas plataformas digitais. Pelo centro urbano de Famalicão até aos Paços do Concelho, onde é apresentada uma coreografia ensaiada ao longo de meses, vai desfilar a arte e o engenho popular, a criatividade e energia de um povo, a identidade e a história de uma comunidade com 820 anos de labor, orgulho e superação.
Alguns dizem que não se justifica o investimento que o Município faz nas suas festas do concelho. Nada mais errado, na minha opinião. Os cidadãos têm direito à diversão e ao lazer, merecem respeito as suas devoções, as associações e os artistas locais pedem com direito próprio que a sua cidade seja um espaço de promoção e afirmação do seu talento, o comércio tradicional necessita de pessoas nas ruas e a cidade precisa de se projetar, chamando atenções para conseguir gerar mais dinâmica económica e comercial, mais crescimento e desenvolvimento.
São muitas e válidas as razões para que um Município invista nas suas festas mais representativas. Existe todo um longo histórico de memória e de exaltação coletiva em torno das festas do concelho que é preciso respeitar e engrandecer. E existe a oportunidade de gerar retorno a partir destas celebrações. Retorno económico, pelas multidões que atraem e pela imagem que valorizam e projetam. Retorno comunitário, pelos laços que reforçam. Retorno emocional, pela alegria e orgulho que provocam.
Não é por acaso que as Festas Antoninas de Famalicão, como outras de igual envergadura, constam no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Estas são a expressão popular ancestral, cuja autenticidade são o seu melhor cartão de visita. São memória coletiva viva.
Durante esta semana, estamos em festa! Esperamos por todas e todos para se divertirem e para descobrirem a beleza de um povo, tão bem expressa no sorriso de cada um dos milhares de participantes nas várias iniciativas propostas.
Famalicão espera por si!