<p>Esta foi a semana das calhandrices! Começou com o "problema" que Mário Crespo cria a José Sócrates por ter um jornal onde se dá voz mesmo aos que não são "voz do dono". Descoberta a calhandrice, procura-se que o país discuta a forma para esconder os actos de censura, a mordaça e a pura prepotência de quem está à frente dos nossos destinos.</p>
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A calhandrice prossegue com a ordem para silenciar três vice-presidentes da bancada do PS que divulgaram um projecto-lei incómodo (e bem insuficiente para combater a corrupção, coisa que nada deve ter contribuído para "irritar o dono"…).
Reforçou-se a calhandrice da demissão de Teixeira dos Santos a propósito da "enormidade" aprovada para corrigir uma lei (de Finanças Regionais) discriminatória, aprovada em 2006 pela maioria absoluta. Descalabro que o ministro, em directo nos jornais, confirmou não existir e corresponder, afinal, a menos da metade do que ele permitira em 2009, do que a "sua" lei estipula (mesmo para tempos de bonança), e, por sinal, igual ao que Lacão tinha achado razoável nas conversas com as oposições.
Pelo meio fica a calhandrice da tentativa de instrumentalizar o Conselho de Estado pelos que ainda não perceberam que o país não pode ser governado por quem aposta na instabilidade permanente; ou a calhandrice de Lacão ter dado o dito por não dito, depois de Sócrates ter avisado que nem uma epígrafe da "sua" lei corrigiria.
Termina a semana com as calhandrices do polvo das escutas, que até pode não constituir um crime em si, mas que mostra bem a concepção de democracia do nosso primeiro-ministro.
Por falar em calhandrice: não terá chegado o tempo do PS dar uma boa vassourada no Largo do Rato?
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